Título: Ultraviolence
Artista: Lana Del Rey
Gravadora: Polydor / Universal Music
Cotação: * * *
Basta ouvir algumas músicas do terceiro álbum de Lana Del Rey - sobretudo as belas Shades of cool (Lana Del Rey e Rick Nowels) e The other woman (Jessie Mae Robinson), além do single West Coast (Lana Del Rey e Rick Nowels) - para atestar o real crescimento dessa cantora e compositora norte-americana em Ultraviolence. Fenômeno musical propagado pela web em 2011, a artista pôs seu nome no universo pop graças à repercussão no YouTube de vídeo de (bela) música de sua lavra autoral, Video games (Lana Del Rey e Justin Parker). Contudo, Lana deu a impressão de ser nuvem passageira quando aproveitou o momento e, no embalo do hype em torno de sua figura, lançou seu segundo álbum, Born to die (Interscope Records / Universal Music, 2012), sucessor do obscuro álbum de estreia Lana Del Ray A.K.A. Lizzy Grant (5 Points, 2010). Produzido em sua maior parte pelo guitarrista Dan Auerbach, metade do duo norte-americano the Black Keys, Ultraviolence é disco mais coeso. Essa coesão é tamanha que o álbum acaba soando linear, uniforme, já que uma mesma atmosfera - com alta dose de letargia - ambienta as 14 músicas de Ultraviolence. Como já sinaliza Cruel world (Lana Del Rey e Blake Stranathan), música que abre o álbum recém-lançado no Brasil pela Universal Music, Lana Del Rey faz a crônica triste de um mundo frívolo e hedonista em que os seres humanos se violentam e exercem sua crueldade de várias formas. Aliás, a música-título Ultraviolence (Lana Del Rey e Daniel Heath) versa com poesia sobre mulher que escuta tanto violinos como sirenes ao apanhar de seu homem. Solidão e melancolia pautam músicas como Sad girl (Lana Del Rey e Rick Nowels). Dan Auerbach entendeu o universo sombrio do cancioneiro de Lana Del Rey e o envolveu em condizente ambiência musical introspectiva, quase dark, encorpando Ultraviolence, álbum que - sim! - dá mais fôlego a Lana Del Rey, embora seu repertório essenciamente autoral confirme a inspiração irregular da compositora.
3 comentários:
Basta ouvir algumas músicas do terceiro álbum de Lana Del Rey - sobretudo as belas Shades of cool (Lana Del Rey e Rick Nowels) e The other woman (Jessie Mae Robinson), além do single West Coast (Lana Del Rey e Rick Nowels) - para atestar o real crescimento dessa cantora e compositora norte-americana em Ultraviolence. Fenômeno musical propagado pela web em 2011, a artista pôs seu nome no universo pop graças à repercussão no YouTube de vídeo de (bela) música de sua lavra autoral, Video games (Lana Del Rey e Justin Parker). Contudo, Lana deu a impressão de ser nuvem passageira quando aproveitou o momento e, no embalo do hype em torno de sua figura, lançou seu segundo álbum, Born to die (Interscope Records / Universal Music, 2012), sucessor do obscuro álbum de estreia Lana Del Ray A.K.A. Lizzy Grant (5 Points, 2010). Produzido em sua maior parte pelo guitarrista Dan Auerbach, metade do duo norte-americano the Black Keys, Ultraviolence é disco mais coeso. Essa coesão é tamanha que o álbum acaba soando linear, uniforme, já que uma mesma atmosfera - com alta dose de letargia - ambienta as 14 músicas de Ultraviolence. Como já sinaliza Cruel world (Lana Del Rey e Blake Stranathan), música que abre o CD recém-lançado no Brasil pela Universal Music, Lana Del Rey faz a crônica triste de um mundo frívolo e hedonista em que os seres humanos se violentam e exercem sua crueldade de várias formas. Aliás, a música-título Ultraviolence (Lana Del Rey e Daniel Heath) versa com poesia sobre mulher que escuta tanto violinos como sirenes ao apanhar de seu homem. Solidão e melancolia pautam músicas como Sad girl (Lana Del Rey e Rick Nowels). Dan Auerbach entendeu o universo sombrio do cancioneiro de Lana Del Rey e o envolveu em condizente ambiência musical introspectiva, quase dark, encorpando Ultraviolence, álbum que, sim, dá mais fôlego a Lana Del Rey, embora seu repertório essenciamente autoral confirme a inspiração irregular da compositora.
Adorei o álbum tanto quanto o Born to die. Não o achei irregular, pelo contrário...
Até concordo que o primeiro álbum, Born to Die, soe chato. Agora, Ultraviolence ser irregular? A temática depressiva está presente, sim, em cada canção, mas cada música foi "orquestrada" de forma diferente. Cada música se relaciona e são diferentes entre si. Álbum que se comunica até com o -excelente- The Paradise Edition.
Uma coisa que você disse é certa: é com esse álbum que ele irá consolidar a carreira dela.
Enfim, adoro as críticas do Mauro, mas acredito que nessa ele tropeçou bastante. Mas é isso, respeito e admiro seu trabalho!
Forte abraço.
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