♪ Cantor e compositor paraibano, revelado em 1976 quando a cantora Marília Barbosa deu voz à sua canção Caso você case em gravação propagada na trilha sonora da novela Saramandaia (TV Globo, 1976), Vital Farias engrossou a corrente migratória que deslocou artistas nordestinos para as cidades de Rio de Janeiro (SP) e São Paulo ao longo da década de 1970. Contudo, ao contrário de conterrâneos como Elba Ramalho e Zé Ramalho, Vital Farias acabaria ganhando mais projeção como compositor do que cantor - talvez pela voz menos imponente do que as de seus colegas. Mesmo assim, Vital gravou e lançou álbuns relevantes entre a segunda metade dos anos 1970 e o início da década de 1980, antes de formar com Elomar, Geraldo Azevedo e Xangai o quarteto do show Cantoria, eternizado em discos editados pela gravadora Kuarup a partir de 1984. Um desses álbuns da carreira solo de Farias - Taperoá (Epic / CBS, 1980) - acaba de ganhar reedição em CD pela mesma Kuarup. Trata-se do segundo álbum do artista. Batizado com o nome da interiorana cidade em que Vital veio ao mundo, em 23 de janeiro de 1943, Taperoá apresentou no repertório - quase inteiramente autoral - canções como Pra você gostar de mim, Repente paulista (exemplo da ótima influência exercida pelos cantadores nordestinos na obra de Farias) e a carnavalesca Nave mãe. No disco produzido pelo próprio Vital Farias e dedicado à mãe do artista, Olívia Farias, o cantautor também dá voz a Veja (Margarida), canção - composta para espetáculo de teatro encenado no Rio de Janeiro em 1975 e gravada naquele mesmo ano de 1980 por Elba Ramalho no álbum Capim do vale (Epic / CBS, 1980) - que se tornaria um dos maiores sucessos da obra do compositor. A capa da reedição em CD de Taperoá é a mesma do LP original lançado há 34 anos.
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5 comentários:
♪ Cantor e compositor paraibano, revelado em 1976 quando a cantora Marília Barbosa deu voz à sua canção Caso você case em gravação propagada na trilha sonora da novela Saramandaia (TV Globo, 1976), Vital Farias também engrossou a corrente migratória que deslocou artistas nordestinos para as cidades de Rio de Janeiro (SP) e São Paulo ao longo da década de 1970. Contudo, ao contrário de conterrâneos como Elba Ramalho e Zé Ramalho, Vital Farias acabaria ganhando mais projeção como compositor do que cantor - talvez pela voz menos imponente do que as de seus colegas. Mesmo assim, Vital gravou e lançou álbuns relevantes entre a segunda metade dos anos 1970 e o início da década de 1980, antes de formar com Elomar, Geraldo Azevedo e Xangai o quarteto do show Cantoria, eternizado em discos editados pela gravadora Kuarup a partir de 1984. Um desses álbuns da carreira solo de Farias - Taperoá (Epic / CBS, 1980) - acaba de ganhar reedição em CD pela mesma Kuarup. Trata-se do segundo álbum do artista. Batizado com o nome da interiorana cidade em que Vital veio ao mundo, em 23 de janeiro de 1943, Taperoá apresentou no repertório - quase inteiramente autoral - canções como Pra você gostar de mim, Repente paulista (exemplo da ótima influência exercida pelos cantadores nordestinos na obra de Farias) e a carnavalesca Nave mãe. No disco, produzido pelo próprio Vital Farias e dedicado à sua mãe Olívia Farias, o cantautor também dá voz a Veja (Margarida), canção - gravada naquele mesmo ano de 1980 por Elba Ramalho no álbum Capim do vale (Epic / CBS, 1980) - que se tornaria um dos maiores hits da obra do compositor. A capa da reedição em CD de Taperoá é a mesma do bom LP original lançado há longos 34 anos.
Rola um texto hoje sobre os 100 anos de Aracy de Almeida, Mauro?
Mais para o fim do dia, Clayton. Abs, MauroF
Oba! Lembro de ter ouvido este álbum num cassete velho, emprestado, há muuuuito tempo... que bom que finalmente estará disponível. Abraço!
Obrigada, Mauro, pela citação atenciosa e pelo carinho com o amigo Vital Farias, merecedor de cada elogio.
Um grande abraço pra você,
Marilia Barbosa
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