♪ Editorial - A cada edição, o júri do Grammy Latino minimiza mais a produção fonográfica brasileira. Divulgada hoje, 24 de setembro de 2014, a lista de indicados à 15ª edição da premiação inclui indicações para Caetano Veloso (concorrente na categoria Canção do ano com A bossa nova é foda, música do álbum Abraçaço), para Moreno Veloso (no páreo pelo troféu de Produtor do ano por conta da formatação dos álbuns Gilbertos Samba e Multishow ao vivo Caetano Veloso Abraçaço) e para instrumentistas (Antonio Adolfo, Hamilton de Holanda e Yamandú Costa) em categorias gerais. Contudo, a dupla indicação dos artistas baianos e a tripla indicação dos instrumentistas não conseguem disfarçar o fato incômodo de a produção fonográfica brasileira ter sido praticamente ignorada pelos jurados do 15º Grammy Latino na votação das categorias gerais. Afinal, não há sequer um disco brasileiro entre os dez títulos concorrentes ao prêmio de Álbum do ano. Tampouco há um fonograma nacional entre os dez indicados ao troféu de Gravação do ano. Descontadas as nomeações de Caetano Veloso e Moreno Veloso, ambos com poucas chances de vitória, a produção fonográfica nacional somente está bem representada na categoria Melhor álbum instrumental. Dos cinco álbuns indicados na categoria, três - Caprichos (do bandolinista carioca Hamilton de Holanda), Continente (do violonista gaúcho Yamandú Costa) e O piano de Antonio Adolfo (do pianista carioca Antonio Adolfo) - são brasileiros, o que indica supremacia do Brasil no gênero. No mais, a produção fonográfica do Brasil continua restrita ao seu nicho específico: as categorias dedicadas exclusivamente aos artistas brasileiros. As indicações nessas categorias podem até ser alardeadas por alguns artistas ávidos de status, mas não têm peso numa premiação já em si pouco relevante. O Grammy Latino existe apenas para disfarçar o fato de que a indústria fonográfica dos Estados Unidos - criadora do Grammy - mal olha para a produção fonográfica da América Latina. Seja como for, os vencedores da 15º edição do Grammy Latino serão conhecidos em 20 de novembro em cerimônia na MGM Gran Garden Arena em Las Vegas (EUA).
♪ Editorial - A cada edição, o júri do Grammy Latino minimiza mais a produção fonográfica brasileira. Divulgada hoje, 24 de setembro de 2014, a lista de indicados à 15ª edição da premiação inclui indicações para Caetano Veloso (concorrente na categoria Canção do ano com A bossa nova é foda, música do álbum Abraçaço), para Moreno Veloso (no páreo pelo troféu de Produtor do ano por conta da formatação dos álbuns Gilbertos Samba e Multishow ao vivo Caetano Veloso Abraçaço) e para instrumentistas (Antonio Adolfo, Hamilton de Holanda e Yamandú Costa) em categorias gerais. Contudo, a dupla indicação dos artistas baianos e a tripla indicação dos instrumentistas não conseguem disfarçar o fato incômodo de a produção fonográfica brasileira ter sido praticamente ignorada pelos jurados do 15º Grammy Latino na votação das categorias gerais. Afinal, não há sequer um disco brasileiro entre os dez títulos concorrentes ao prêmio de Álbum do ano. Tampouco há um fonograma nacional entre os dez indicados ao troféu de Gravação do ano. Descontadas as nomeações de Caetano Veloso e Moreno Veloso, ambos com poucas chances de vitória, a produção fonográfica nacional somente está bem representada na categoria Melhor álbum instrumental. Dos cinco álbuns indicados na categoria, três - Caprichos (do bandolinista carioca Hamilton de Holanda), Continente (do violonista gaúcho Yamandú Costa) e O piano de Antonio Adolfo (do pianista carioca Antonio Adolfo) - são brasileiros, o que indica supremacia do Brasil no gênero. No mais, a produção fonográfica do Brasil continua restrita ao seu nicho específico: as categorias dedicadas exclusivamente aos artistas brasileiros. As indicações nessas categorias podem até ser alardeadas por alguns artistas ávidos de status, mas não têm peso numa premiação já em si pouco relevante. O Grammy Latino existe apenas para disfarçar o fato de que a indústria fonográfica dos Estados Unidos - criadora do Grammy - mal olha para a produção fonográfica da América Latina. Seja como for, os vencedores da 15º edição do Grammy Latino serão conhecidos em 20 de novembro em cerimônia na MGM Gran Garden Arena em Las Vegas (EUA).
ResponderExcluirMeio obvio isso, a música brasileira da mídia esta indo cada vez mais para o fundo do poço. Quem será indicado ? Anitta, Ludmilla, Mc Gui ? Se as produções só apostam nas tranqueiras, como querem ganhar premios de música ?
ResponderExcluirentendo que reconhecimento é sempre bem vindo, ainda mais pra música brasileira em momento tão fértil, seria ótimo. mas quem precisa desse prêmio porcaria? nem o original é levado mais a sério e a cada ano fica mais irrelevante. muitos artistas lotados de Grammy num determinado ano são blefes da indústria (ta aí Lady Gaga, rs).
ResponderExcluirEnquanto as gravadoras insistirem em nos enfiar música norte-americana e na língua inglesa, e enquanto dermos as costas para a américa latina, vai ser assim. Eu estou sempre procurando por novidades latinas. Recomendo o uruguaio Jorge Drexler, o argentino Kevin Johansen, o chileno Gepe, a mexicana Julieta Venegas, a banda espanhola Macaco e o colombiano Esteman. E não ouço rádio no Brasil tb, somente pela internet. Depende de cada um de nós, fazer uma cultura melhor e de qualidade. Esses artistas "meio alternativos" quando vem ao Brasil se apresentam em casas pequenas como os Sescs ou a Miranda no Rio.
ResponderExcluirpior que isso, só o prêmio multishow de música brasileira, que a cada ano que passa coloca artistas consagrados da músicas em situações constrangedoras! não dá mais gosto de ver esses tipos de premiações... nem grammy, nem as premiações da mtv e muito menos o "pmmb". o menos pior é o prêmio da música, que além de escolher meticulosamente os concorrentes , chega a ser monótono demais...
ResponderExcluirE por que essa nota ignora a indicação de Xuxa na categoria melhor álbum Infantil? Ela foi a única brasileira em sua categoria. É a sexta indicação de Xuxa, sendo que por duas vezes já levou o gramofone dourado.
ResponderExcluirNão gostar do que ela faz é uma coisa, mas ignorar que ela permanece firme no que se propõe a fazer (e colhe seus frutos) não é certo.