♪ Item valioso para colecionadores de discos, a caixa Maysa internacional - produzida pelo pesquisador musical Marcelo Fróes para seu selo Discobertas - embala as primeiras reedições em CD de dois raros títulos da discografia da cantora paulista Maysa (1936 - 1977) editados no mercado externo, mais especificamente nos Estados Unidos. The sound of love ganhou forma nos estúdios Gravodisc, em São Paulo (SP). Saiu em 1959 nos Estados Unidos, pela United Artists, mas é o mesmo brasileiríssimo álbum Convite para ouvir Maysa nº 2, editado no mercado nacional em 1958 pela (já extinta) companhia fonográfica RGE. Na companhia de orquestra regida pelo maestro italiano Henrique Simonetti (1924 - 1978), a intérprete deu sua voz quente, expressiva, a músicas próprias - caso de Meu mundo caiu, que se tornaria um de seus maiores sucessos - e a composições alheias, como a então recente Por causa de você (Antonio Carlos Jobim e Dolores Duran, 1957). O conteúdo musical dos álbuns The sound of love e Convite para ouvir Maysa nº 2 é o mesmo, mas a reedição embalada na caixa Maysa internacional é rara por reproduzir a capa, a contracapa e o selo da edição norte-americana de 1959, obscura no mercado brasileiro. Já o outro título internacional da caixa, Maysa sings songs before down, álbum gravado em 1961 nos estúdios da gravadora Columbia Records, em Nova York (EUA), é um disco realmente arquitetado para o mercado dos Estados Unidos. É predominantemente cantado em inglês, embora contenha registro de A noite do meu bem (Dolores Duran, 1959), canção intitulada Night of my love na contracapa do álbum gravado por Maysa com orquestra dirigida pelo compositor e maestro norte-americano Jack Pleis (1917 - 1990), nome cultuado no universo do jazz. Em tons eventualmente mais suaves de inspiração bossa-novista, como ouvido no registro lânguido de You better go now (Bickley Reichner e Irvin Graham, 1936), Maysa dá voz a um repertório poliglota que prioriza standards da canção norte-americana sem deixar de incluir músicas em francês (Ne me quites pas, de Jacques Brel) e em espanhol (La barca, de Roberto Cantoral). Além desses dois álbuns internacionais de Maysa, a caixa reúne, em três CDs, 47 fonogramas raros da discografia da cantora. A compilação tripla é ajuda valiosa pra quem quer completar toda a emblemática discografia de Maysa Matarazzo.
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♪ Item valioso para colecionadores de discos, a caixa Maysa internacional - produzida pelo pesquisador musical Marcelo Fróes para seu selo Discobertas - embala as primeiras reedições em CD de dois títulos da discografia da cantora paulista Maysa (1936 - 1977) editados no mercado externo, mais especificamente nos Estados Unidos. The sound of love ganhou forma nos estúdios Gravodisc, em São Paulo (SP). Saiu em 1959 nos Estados Unidos, via United Artists, mas é o mesmo brasileiríssimo álbum Convite para ouvir Maysa nº 2, editado no mercado nacional em 1958 pela (já extinta) companhia fonográfica RGE. Na companhia de orquestra regida pelo maestro italiano Henrique Simonetti (1924 - 1978), a intérprete deu sua voz quente, expressiva, a músicas próprias - caso de Meu mundo caiu, que se tornaria um de seus maiores sucessos - e a composições alheias, como a então recente Por causa de você (Antonio Carlos Jobim e Dolores Duran, 1957). O conteúdo musical dos álbuns The sound of love e Convite para ouvir Maysa nº 2 é o mesmo, mas a reedição embalada na caixa Maysa internacional é rara por reproduzir a capa, a contracapa e o selo da edição norte-americana de 1959, obscura no mercado brasileiro. Já o outro título internacional da caixa, Maysa sings songs before down, álbum gravado em 1961 nos estúdios da gravadora Columbia Records, em Nova York (EUA), é um disco realmente arquitetado para o mercado dos Estados Unidos. É predominantemente cantado em inglês, embora tenha registro de A noite do meu bem (Dolores Duran, 1959), canção intitulada Night of my love na contracapa do álbum gravado por Maysa com orquestra dirigida pelo compositor e maestro norte-americano Jack Pleis (1917 - 1990), nome cultuado no universo do jazz. Em tons eventualmente mais suaves de inspiração bossa-novista, como ouvido no registro lânguido de You better go now (Bickley Reichner e Irvin Graham, 1936), Maysa dá voz a um repertório poliglota que prioriza standards da canção norte-americana sem deixar de incluir músicas em francês (Ne me quites pas, de Jacques Brel) e em espanhol (La barca, de Roberto Cantoral). Além desses dois álbuns internacionais de Maysa, a caixa reúne, em três CDs, 47 fonogramas raros da discografia da cantora. A compilação tripla é ajuda valiosa pra quem quer completar toda a emblemática discografia de Maysa Matarazzo.
Grande iniciativa da Gravadora Discobertas em trazer para o mercado Brasileiro esses discos raros da Maysa fora do Brazil, além de raridades. Agora, ainda falta a Sony relançar (em forma decente) os belos discos de 1966 (clássico com belos arranjos de Erlon Chaves e Chiquinho de Moraes, dentre outros) e um disco de 1968 (também pela RCA), que é uma coletânea de sucessos antigos e a regravação de "O Barquinho" . Assim como a Maysa, a Elizeth Cardoso merece a reedição de seus discos de forma respeitável.
Maysa marca a transição entre a velha guarda e a bossa nova.Nem tão empostada quanto os cantores de rádio,e nem tão intimista quanto os cantores bossanovista.
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