Título: Zoró [Bichos esquisitos]
Artista: Zeca Baleiro e convidados
Gravadora: Edição independente
Cotação: * * *
♪ O cancioneiro adulto de Zeca Baleiro sempre foi pautado por finas ironias sobre as modas e costumes da sociedade brasileira. Essa observação astuta do cotidiano foi transportada pelo cantor e compositor maranhense para seu primeiro disco infantil, Zoró. Temático, o primeiro volume do projeto, [Bichos esquisitos], enfileira 28 temas inéditos em CD (bem) produzido por Guilherme Kastrup. Se o tema é um e gira em torno do universo animal, os ritmos são diversos. Se Joaninha Dark (Zeca Baleiro e Tata Fernandes) alça voo no clima eletrônico das baladas noturnas, com o auxílio vocal de Fernanda Abreu, Onça pintada (Zeca Baleiro) é ambientada em mundo rural com o toque da viola de Chico Lobo. Zoró tem verve, exposta na logo na letra quebra-língua de O ornitorrinco (Zeca Baleiro e Tata Fernandes). Tanto que Tom Zé, personificação tropicalista de um erê, brinca à vontade com Baleiro em Dona Libélula (Zeca Baleiro e Antonio Rezende). Entre faixas-vinhetas como Canção para ninar rinocerontes (Zeca Baleiro), o artista solta bichos como Girafa rastafári (Zeca Baleiro e Tata Fernandes), animal que se banha na praia do reggae, Coruja neném (Zeca Baleiro), cantada com Carlos Careqa, e Pulga de sorte (Zeca Fernandes e Claudio Thebas). A diversidade rítmica é grande, com boas sacadas como Calango do calango (Zeca Baleiro). Se Tubarão toca tuba (Zeca Baleiro) marcha no ritmo de um dobrado, O pardal (Zeca Baleiro) pia suave nos tons menores de bonita cantiga enquanto Pula, canguru (Zeca Baleiro e Tata Fernandes) saltita no compasso do rap de MC Gaspar. O time de convidados também é grande. Grupo que já lançou álbum infantil (Adivinha o que é, 1981, Ariola), MPB-4 ajuda Baleiro a carregar O hipopótamo (Zeca Baleiro e Tata Fernandes). Blubell espanta o sono do ouvinte em Minhoca dorminhoca (Zeca Baleiro e Tata Fernandes). Já as irmãs Alzira E e Tetê Espíndola realçam a bipolaridade de Urso polar (Zeca Baleiro). Enfim, Zeca Baleiro solta seus bichos e arma o circo em CD que, mesmo sem inventar a roda infantil, vai agradar crianças dos oito aos 80 anos.
Um comentário:
♪ O cancioneiro adulto de Zeca Baleiro sempre foi pautado por finas ironias sobre as modas e costumes da sociedade brasileira. Essa observação astuta do cotidiano foi transportada pelo cantor e compositor maranhense para seu primeiro disco infantil, Zoró. Temático, o primeiro volume do projeto, [Bichos esquisitos], enfileira 28 temas inéditos em CD (bem) produzido por Guilherme Kastrup. Se o tema é um e gira em torno do universo animal, os ritmos são diversos. Se Joaninha Dark (Zeca Baleiro e Tata Fernandes) alça voo no clima eletrônico das baladas noturnas, com o auxílio vocal de Fernanda Abreu, Onça pintada (Zeca Baleiro) é ambientada em mundo rural com o toque da viola de Chico Lobo. Zoró tem verve, exposta na logo na letra quebra-língua de O ornitorrinco (Zeca Baleiro e Tata Fernandes). Tanto que Tom Zé, personificação tropicalista de um erê, brinca à vontade com Baleiro em Dona Libélula (Zeca Baleiro e Antonio Rezende). Entre faixas-vinhetas como Canção para ninar rinocerontes (Zeca Baleiro), o artista solta bichos como Girafa rastafári (Zeca Baleiro e Tata Fernandes), animal que se banha na praia do reggae, Coruja neném (Zeca Baleiro), cantada com Carlos Careqa, e Pulga de sorte (Zeca Fernandes e Claudio Thebas). A diversidade rítmica é grande, com boas sacadas como Calango do calango (Zeca Baleiro). Se Tubarão toca tuba (Zeca Baleiro) marcha no ritmo de um dobrado, O pardal (Zeca Baleiro) pia suave nos tons menores de bonita cantiga enquanto Pula, canguru (Zeca Baleiro e Tata Fernandes) saltita no compasso do rap de MC Gaspar. O time de convidados também é grande. Grupo que já lançou álbum infantil (Adivinha o que é, 1981, Ariola), MPB-4 ajuda Baleiro a carregar O hipopótamo (Zeca Baleiro e Tata Fernandes). Blubell espanta o sono do ouvinte em Minhoca dorminhoca (Zeca Baleiro e Tata Fernandes). Já as irmãs Alzira E e Tetê Espíndola realçam a bipolaridade de Urso polar (Zeca Baleiro). Enfim, Zeca Baleiro solta seus bichos e arma o circo em CD que, mesmo sem inventar a roda infantil, vai agradar crianças dos oito aos 80 anos.
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