Título: Saga
Artista: Rodrigo Lima
Gravadora: JSR (Jazz Station Records)
Cotação: * * * *
♪ Compositor e músico polivalente (do tipo que toca desde viola caipira até caixa de fósforo, além do violão habitual, passando também por piano, guitarra, triângulo e teclados), o carioca Rodrigo Lima jantava em Curitiba (PR) com Hermeto Pascoal e amigos quando, no meio do papo regado a vinho, Hermeto pegou uma caneta e começou a escrever notas musicais. Nasceu o tema jazzístico Palinha do vinho, gravado por Rodrigo em seu primeiro disco solo, o duplo Saga, com o toque da escaleta do próprio Hermeto. No estúdio, durante a gravação da faixa, anfitrião e convidado acabaram fazendo, de improviso, uma música que se tornou a primeira parceria de Hermeto com Rodrigo. Intitulada Nosso borogodó coió, a música também figura entre os 17 temas de Saga, exuberante álbum instrumental gravado entre Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR), Los Angeles (EUA) e Nova York (EUA) com produção de Arnaldo DeSouteiro para o selo JSR (Jazz Station Records). Também ator, estando no elenco do melhor musical carioca de 2014, Samba futebol clube, Lima desponta com força como compositor e arranjador neste CD pautado pela excelência instrumental. Em Saga, Lima segue a trilha do suingue brasileiro - em leque rítmico que abre espaço para baião (Brasileirão), bossa nova (Altinho), choro (Novos cariocas) e samba (Samba de mistura) - com contornos jazzísticos. Entre reverência ao universo musical do centenário compositor baiano Dorival Caymmi (1914 - 2008), feita com a autoral Canção praieira, Lima expõe seu dom para compor belas melodias em A la vuelta (Doorways and stairs) e incursiona pelo terreno clássico com adaptação (feita com DeSouteiro) e arranjo de sinfonia do compositor alemão Johannes Brahms (1833 - 1897). A arte da capa - assinada pelo fotógrafo Pete Turner, autor de capas de álbuns de Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994) como Wave (A&M Records, 1967) e Tide (A&M Records, 1970) - já traduz o incomum requinte com que Rodrigo Lima pavimenta sua Saga em promissora carreira solo na música produzida fora da esfera cênica.
Um comentário:
♪ Compositor e músico polivalente (do tipo que toca desde viola caipira até caixa de fósforo, além do violão habitual, passando também por piano, guitarra, triângulo e teclados), o carioca Rodrigo Lima jantava em Curitiba (PR) com Hermeto Pascoal e amigos quando, no meio do papo regado a vinho, Hermeto pegou uma caneta e começou a escrever notas musicais. Nasceu o tema jazzístico Palinha do vinho, gravado por Rodrigo em seu primeiro disco solo, o duplo Saga, com o toque da escaleta do próprio Hermeto. No estúdio, durante a gravação da faixa, anfitrião e convidado acabaram fazendo, de improviso, uma música que se tornou a primeira parceria de Hermeto com Rodrigo. Intitulada Nosso borogodó coió, a música também figura entre os 17 temas de Saga, exuberante álbum instrumental gravado entre Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR), Los Angeles (EUA) e Nova York (EUA) com produção de Arnaldo DeSouteiro para o selo JSR (Jazz Station Records). Também ator, estando no elenco do melhor musical carioca de 2014, Samba futebol clube, Lima desponta com força como compositor e arranjador neste CD pautado pela excelência instrumental. Em Saga, Lima segue a trilha do suingue brasileiro - em leque rítmico que abre espaço para baião (Brasileirão), bossa nova (Altinho), choro (Novos cariocas) e samba (Samba de mistura) - com contornos jazzísticos. Entre reverência ao universo musical do centenário compositor baiano Dorival Caymmi (1914 - 2008), feita com a autoral Canção praieira, Lima expõe seu dom para compor belas melodias em A la vuelta (Doorways and stairs) e incursiona pelo terreno clássico com adaptação (feita com DeSouteiro) e arranjo de sinfonia do compositor alemão Johannes Brahms (1833 - 1897). A arte da capa - assinada pelo fotógrafo Pete Turner, autor de capas de álbuns de Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994) como Wave (A&M Records, 1967) e Tide (A&M Records, 1970) - já traduz o incomum requinte com que Rodrigo Lima pavimenta sua Saga em promissora carreira solo na música produzida fora da esfera cênica.
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