Mauro Ferreira no G1

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domingo, 30 de novembro de 2014

'Movimento dos barcos' leva Macalé a participar de show de Alice no Rio

A IMAGEM DO SOM - A foto de Rodrigo Goffredo flagra Alice Caymmi ajoelhada aos pés e ao violão de Jards Macalé. O cantor, compositor e músico carioca foi o convidado-surpresa da última das duas apresentações do show da cantora carioca, Rainha dos raios, no fecho da quarta edição do festival Sonoridades, na noite de ontem, 29 de novembro de 2014. Com curadoria de Nelson Motta, o festival ocupou o palco do teatro do Oi Futuro Ipanema, no Rio de Janeiro (RJ), durante as sextas-feiras e sábados deste mês de novembro de 2014. Chamado ao palco por Alice, Macalé entrou em cena antes do convidado oficial da noite, o cantor e compositor pernambucano Michael Sullivan. Macalé contou ao público que conhecera a família Caymmi por intermédio de Nelson Motta, que o apresentou a Dori Caymmi, tio de Alice. "Que crime!", respondeu de pronto, com humor afiado, a neta do patriarca Dorival Caymmi (1914 - 2008). E o fato é que os movimentos dos barcos e da música brasileira conduziram Macalé ao show baseado no segundo álbum de Alice, Rainha dos raios (Joia Moderna, 2014), um dos discos mais incensados deste ano. A propósito, Movimento dos barcos (Jards Macalé e José Carlos Capinam, 1971) foi a primeira das duas músicas cantadas por Alice com Macalé. "Posso fazer do meu jeito?", pediu a cantora. Fez. No seu tom, do seu jeito, Alice deu voz - cada vez mais segura e com mais nuances - à música lançada por Maria Bethânia no show e disco Rosa dos ventos (1971). Na sequência, mantendo o clima íntimo e minimalista do encontro, Alice e Macalé caíram afinados no samba Falam de mim (Noel Rosa de Oliveira, Éden Silva e Aníbal Silva), lançado em disco em 1948 pela dupla Zé da Zilda e Zilda do Zé, tendo sido regravado em 1977 por Nana Caymmi, tia de Alice. O encontro no palco de Alice Caymmi e Jards Macalé - concretizado por iniciativa do próprio Macalé - provou que o crime de Nelson Motta ao apresentar Jards Macalé a Dori Caymmi compensou muito.

Um comentário:

Mauro Ferreira disse...

♪ A IMAGEM DO SOM - A foto de Rodrigo Goffredo flagra Alice Caymmi ajoelhada aos pés e ao violão de Jards Macalé. O cantor, compositor e músico carioca foi o convidado-surpresa da última das duas apresentações do show da cantora carioca, Rainha dos raios, no fecho da quarta edição do festival Sonoridades, na noite de ontem, 29 de novembro de 2014. Com curadoria de Nelson Motta, o festival ocupou o palco do teatro do Oi Futuro Ipanema, no Rio de Janeiro (RJ), durante as sextas-feiras e sábados deste mês de novembro de 2014. Chamado ao palco por Alice, Macalé entrou em cena antes do convidado oficial da noite, o cantor e compositor pernambucano Michael Sullivan. Macalé contou ao público que conhecera a família Caymmi por intermédio de Nelson Motta, que o apresentou a Dori Caymmi, tio de Alice. "Que crime!", respondeu de pronto, com humor afiado, a neta do patriarca Dorival Caymmi (1914 - 2008). E o fato é que os movimentos dos barcos e da música brasileira conduziram Macalé ao show baseado no segundo álbum de Alice, Rainha dos raios (Joia Moderna, 2014), um dos discos mais incensados deste ano. A propósito, Movimento dos barcos (Jards Macalé e José Carlos Capinam, 1971) foi a primeira das duas músicas cantadas por Alice com Macalé. "Posso fazer do meu jeito?", pediu a cantora. Fez. No seu tom, do seu jeito, Alice deu voz - cada vez mais segura e com mais nuances - à música lançada por Maria Bethânia no show e disco Rosa dos ventos (1971). Na sequência, mantendo o clima íntimo e minimalista do encontro, Alice e Macalé caíram afinados no samba Falam de mim (Noel Rosa de Oliveira, Éden Silva e Aníbal Silva), lançado em disco em 1948 pela dupla Zé da Zilda e Zilda do Zé, tendo sido regravado em 1977 por Nana Caymmi, tia de Alice. O encontro no palco de Alice Caymmi e Jards Macalé - concretizado por iniciativa do próprio Macalé - provou que o crime de Nelson Motta ao apresentar Jards Macalé a Dori Caymmi compensou muito.