♪ EDITORIAL - Fez hoje exatos 20 anos que Antonio Carlos Jobim (25 de janeiro de 1927 - 8 de dezembro de 1994) saiu de cena e deixou o Brasil fora do tom no que diz respeito à sua música. A inauguração de uma estátua na cidade do Rio de Janeiro (RJ), algumas bem-intencionadas reportagens de cadernos culturais e centenas de mensagens em redes sociais saudaram Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim por conta dessas duas décadas de ausência tão presente. Parece muito, mas foi pouco diante da imensidão da obra de Tom. Preocupada com as vendas do Natal, a indústria fonográfica nacional sequer preparou uma coletânea para lembrar a efeméride. Contudo, o cancioneiro de Jobim reina e paira soberano acima dos caprichos mercadológicos. Jobim compôs a trilha sonora de um Brasil que, ao menos na música, deu certo. Um Brasil de modernidade atemporal, traduzida pela Bossa Nova, mas não somente por ela, porque a música de Antônio Brasileiro também está entranhada nas matas, também bebe da fonte do cancioneiro influente de Heitor Villa-Lobos (1887 - 1959) - um maestro igualmente soberano que saiu de cena quando Jobim mal começara a ascender - e está impregnada de uma beleza tão universal que foi capaz de inserir o Brasil definitivamente no mapa-múndi da música. A vida continuou sem Tom, a música brasileira está aí - viva, forte, pulsante, mesmo que à margem do mercado - mas fica sempre a paradoxal sensação de que, sem Jobim, o Brasil perdeu o tom. E jamais o reencontrou...
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6 comentários:
Triste partida... O que nos consola é sua imensa e maravilhosa obra que está aí para nos deleitarmos. Um gênio, orgulho do Brasil!!
postou tarde demais, Mauro
E na minha modesta opinião, as menos bossa nova são as mais bonitas.
Salve o Maestro Soberano!
Parafraseando Caetano:O Tom,o seu dom,e seus tons geniais.
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