Elba explica EP em que adianta três faixas do álbum 'Do meu olhar para fora'

♪ Ficou para março de 2015 o lançamento do próximo álbum de Elba Ramalho, Do meu olhar para fora, cujo título é extraído de verso da canção É o que me interessa (Lenine e Dudu Falcão, 2008), regravada pela cantora paraibana no disco produzido por Luã Mattar e Yuri Queiroga. Mas um EP digital intitulado Do meu olhar  já está em pré-venda no iTunes e tem lançamento nas plataformas digitais programado para 16 de dezembro de 2015, funcionando como aperitivo do álbum. Com capa que expõe ilustração do artista plástico Daniel Edmundson, que também assina a capa do álbum, o EP adianta três faixas do CD Do meu olhar para fora. Na ordem do EP, as faixas são Olhando o coração, Fazê o quê? e Árvore. Olhando o coração é música inédita de Domiguinhos (1941-2013) e Climério Ferreira. Composição de Pedro Luís, Fazê o quê? é música lançada pelo artista carioca no primeiro álbum de Pedro Luís e a Parede, Astronauta tupy (Dubas Música, 1997). Já Árvore é reggae do cantor e compositor baiano Edson Gomes, tendo sido lançado pelo autor em seu terceiro álbum, Campo de batalha (EMI, 1991). Elba - que gravou para o álbum músicas como La noyée (Serge Gainsbourg, 1971) e a inédita Só pra lembrar (Dani Black e Zélia Duncan) - conceitua Do meu olhar em texto sobre seu EP.  A intérprete caracteriza cada uma das três músicas do disco.  Com a palavra,  Elba Ramalho:

"O meu andar pelo mundo

É um andar bem profundo

Vai onde tem um forró......”

E o meu olhar segue por caminhos diversos, onde tenha amor, onde tenha música, onde tenha a nossa terra, onde eu possa viajar pelo infinito com os pés no meu chão.

É com grande satisfação que apresento este EP com três faixas do novo trabalho. Cada disco é um nascimento que me enche de orgulho. Neste caso, o orgulho vem dobrado, pois tenho meu filho Luã assinando a produção, juntamente com o  criativo Yuri Queiroga.  Méritos divididos para estes dois jovens talentos que estão antenados com o mundo.

O álbum se chama Do meu olhar pra fora e vai ser lançado por completo em março. Ainda vem muita coisa boa pela frente e foi muito difícil escolher apenas três canções deste disco que é muito intenso, é inovador e ouso dizer que a sonoridade é surpreendente. É para ser ouvido e sentido a cada nota musical. Por enquanto, estamos apresentando as seguintes canções:

- Olhando o coração (Dominguinhos e Climério Ferreira).  É justo que a primeira faixa seja uma composição de Dominguinhos.  Sinto-me honrada de gravar mais uma canção do meu saudoso amigo. Com a genialidade dos grandes mestres, Dominguinhos emociona, faz dançar, cantar e conclui com a seguinte afirmação: Cura a ferida e a dor.

-  Fazê o quê? (Pedro Luis).  É rock? É embolada?  É repente? É música, e música boa. Pedro Luís é mais um amigo e compositor que já gravei anteriormente em outros trabalhos. A força da guitarra é aliada do meu canto na minha trajetória, me remete à minha origem de baterista de uma banda de rock. O refrão bem expressa a intenção do artista: Vou fazê, vou fazê, música pra enriquecer, os corações e o planeta, basta um papel e a caneta.

- Árvore (Edson Gomes). A força do reggae, a resistência de Edson Gomes e um balanço irresistível. O reggae nasceu na Jamaica, mas a origem está no folclore africano,  a mesma África que é responsável direta pela nossa musicalidade. A raiz desta árvore é uma só.

Todo o processo de pré-produção, a gravação no meu próprio estúdio  e a dedicação dos amigos que participaram deste projeto estão expressos na minha felicidade ao  apresentar este novo disco. Compartilho com vocês um pouco do meu olhar.

Elba Ramalho