Mauro Ferreira no G1

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domingo, 7 de dezembro de 2014

Os Marchistas põem o bloco baiano na rua com disco de inéditas autorais

Se depender do coletivo baiano Os Marchistas, a axé music não vai reinar sozinha na trilha sonora do Carnaval de Salvador (BA) em 2015. O grupo - encabeçado por Marcelo Quintanilha, Tenison Del Rey e Thathi - contribui com sete marchinhas inéditas para a próxima folia. As marchinhas podem ser ouvidas no CD Os Marchistas, título inaugural do selo Friends Music Group. Com sete faixas, o disco - produzido por Quintanilha (cantor e compositor de origem paulista) - fica na fronteira entre o formato de EP e o de álbum. Na faixa que abre o disco, Os Marchistas (Gerson Guimarães, Marcelo Quintanilha, Thathi e Tenison Del Rey) , espécie de manifesto do coletivo, ouve-se em destaque a guitarra baiana de Thathi. Um toque de que Os Marchistas põem seu bloco na rua sem ortodoxias e nostalgia dos Carnavais dos anos 1930, 1940 e 1950 - décadas de ouro da marchinha como gênero dominante na folia. É massa (Marcelo Quintanilha, Thathi e Tenison Del Rey) fermenta bom humor ao brincar com o duplo sentido da expressão popular na folia baiana, embutindo toques de tarantela e capoeira. Com tempero menos saboroso, Feijoada (Tenison Del Rey, Marcela Bella e Edu Casanova) joga na panela ode ao prato tipicamente carioca. Já Me cutuca (Gerson Guimarães, Marcelo Quintanilha, Thathi e Tenison Del Rey) bate na tecla da azaração em redes sociais. Marcha de cadência mais lenta, gravada com a participação do cantor Jau, Carnaval de rua (Marcelo Quintanilha) é convite explícito para ir atrás do bloco ou do trio elétrico enquanto Ele é mulher no Carnaval (Tenison Del Rey, Marcela Bellas e Edu Casanova) brinca com o fato de os homens se travestirem na folia. De marcha à ré (Gerson Guimarães, Marcelo Quintanilha, Thathi e Tenison Del Rey) inverte a ordem tradicional da folia soteropolitana ao citar na letra nomes de blocos do Carnaval de Salvador (BA) no fechar o disco d'Os Marchistas no toque da guitarra baiana. Os Marchistas põem o bloco na rua na terra do axé...

2 comentários:

Mauro Ferreira disse...

♪ Se depender do coletivo baiano Os Marchistas, a axé music não vai reinar sozinha na trilha sonora do Carnaval de Salvador (BA) em 2015. O grupo - encabeçado por Marcelo Quintanilha, Tenison Del Rey e Thathi - contribui com sete marchinhas inéditas para a próxima folia. As marchinhas podem ser ouvidas no CD Os Marchistas, título inaugural do selo Friends Music Group. Com sete faixas, o disco - produzido por Quintanilha (cantor e compositor de origem paulista) - fica na fronteira entre o formato de EP e o de álbum. Na faixa que abre o disco, Os Marchistas (Gerson Guimarães, Marcelo Quintanilha, Thathi e Tenison Del Rey) , espécie de manifesto do coletivo, ouve-se em destaque a guitarra baiana de Thathi. Um toque de que Os Marchistas põem seu bloco na rua sem ortodoxias e nostalgia dos Carnavais dos anos 1930, 1940 e 1950 - décadas de ouro da marchinha como gênero dominante na folia. É massa (Marcelo Quintanilha, Thathi e Tenison Del Rey) fermenta bom humor ao brincar com o duplo sentido da expressão popular na folia baiana, embutindo toques de tarantela e capoeira. Com tempero menos saboroso, Feijoada (Tenison Del Rey, Marcela Bella e Edu Casanova) joga na panela ode ao prato tipicamente carioca. Já Me cutuca (Gerson Guimarães, Marcelo Quintanilha, Thathi e Tenison Del Rey) bate na tecla da azaração em redes sociais. Marcha de cadência mais lenta, gravada com a participação do cantor Jau, Carnaval de rua (Marcelo Quintanilha) é convite explícito para ir atrás do bloco ou do trio elétrico enquanto Ele é mulher no Carnaval (Tenison Del Rey, Marcela Bellas e Edu Casanova) brinca com o fato de os homens se travestirem na folia. De marcha à ré (Gerson Guimarães, Marcelo Quintanilha, Thathi e Tenison Del Rey) inverte a ordem tradicional da folia soteropolitana ao citar na letra nomes de blocos do Carnaval de Salvador (BA) no fechar o disco d'Os Marchistas no toque da guitarra baiana. Os Marchistas põem o bloco na rua na terra do axé...

ADEMAR AMANCIO disse...

Em seu livro "Verdade Tropical",o Caetano disse que os baianos preferiam dançar ao som das marchinhas,enquanto os sambas eram só pra ouvir. É claro que hoje o axé predomina.