♪ Primeira cantora a ganhar e a gravar em 1963 uma música inédita de Roberto Carlos, Procurando um broto, a carioca Cleide Alves da Silva (5 de dezembro de 1946 - ? de março de 2015) foi uma das vozes pioneiras do pop nacional. Nos anos que precederam a criação e a explosão da Jovem Guarda, Cleide Alves foi lançada pela extinta gravadora Copacabana - mais precisamente em 1960 - para ser uma concorrente de Celly Campello (1942 - 2003), cantora paulista entronizada como rainha da juventude brasileira no fim dos anos 1950. Cleide jamais destronou Celly, mesmo quando esta abandonou a carreira no auge do sucesso. Mas Cleide deixou seu nome na Jovem Guarda. Literalmente. Cleide Alves está eternizada em versos ("Wanderléa ria / E Cleide desistia / De agarrar um doce / Que do prato não saía") da letra de Festa de arromba (1965), um dos maiores sucessos de autoria de Roberto Carlos e Erasmo Carlos no apogeu da Jovem Guarda. A dupla, aliás, forneceu repertório exclusivo para Cleide. Beijo quente, Brotinho transviado, Mamãe acha que é normal e Surpresa de domingo são quatro esquecidos títulos do cancioneiro de Roberto & Erasmo que foram lançados na voz da cantora no seu primeiro álbum solo, Twist, hully-gully & Cleide Alves (RGE, RGE). Mas o fato é que Cleide jamais aconteceu. A cantora - que saiu de cena, aos 68 anos, neste mês de março de 2015, vítima de parada cardíaca - ainda gravou um segundo álbum, Canção de nós dois (RCA-Victor, 1970), que já soou antiquado por ter sido lançado dois anos após o fim da Jovem Guarda. A estrelinha do rock brilhou pouco, mas deixou seu nome gravado nas festas de arromba das joviais tardes de domingo.
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♪ Primeira cantora a ganhar e a gravar em 1963 uma música inédita de Roberto Carlos, Procurando um broto, a carioca Cleide Alves da Silva (5 de dezembro de 1946 - ? de março de 2015) foi uma das vozes pioneiras do pop nacional. Nos anos que precederam a criação e a explosão da Jovem Guarda, Cleide Alves foi lançada pela extinta gravadora Copacabana - mais precisamente em 1960 - para ser uma concorrente de Celly Campello (1942 - 2003), cantora paulista entronizada como rainha da juventude brasileira no fim dos anos 1950. Cleide jamais destronou Celly, mesmo quando esta abandonou a carreira no auge do sucesso. Mas Cleide deixou seu nome na Jovem Guarda. Literalmente. Cleide Alves está eternizada em versos ("Wanderléa ria / E Cleide desistia / De agarrar um doce / Que do prato não saía") da letra de Festa de arromba (1965), um dos maiores sucessos de autoria de Roberto Carlos e Erasmo Carlos no apogeu da Jovem Guarda. A dupla, aliás, forneceu repertório exclusivo para Cleide. Beijo quente, Brotinho transviado, Mamãe acha que é normal e Surpresa de domingo são quatro esquecidos títulos do cancioneiro de Roberto & Erasmo que foram lançados na voz da cantora no seu primeiro álbum solo, Twist, hully-gully & Cleide Alves (RGE, RGE). Mas o fato é que Cleide jamais aconteceu. A cantora - que saiu de cena, aos 68 anos, neste mês de março de 2015, vítima de parada cardíaca - ainda gravou um segundo álbum, Canção de nós dois (RCA-Victor, 1970), que já soou antiquado por ter sido lançado dois anos após o fim da Jovem Guarda. A estrelinha do rock brilhou pouco, mas deixou seu nome gravado nas festas de arromba das joviais tardes de domingo.
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