quinta-feira, 5 de março de 2015

Mesmo 'no controle', Kelly Key soa artificial e sem rumo no sexto álbum

Resenha de CD
Título: No controle
Artista: Kelly Key
Gravadora: Deck
Cotação: * * 

Em 2002, Kelly Key parecia estar no controle. Lançada em seu primeiro álbum, Kelly Key (Warner Music, 2001), a música Baba - parceria da artista carioca com o compositor Andinho - dominava as paradas do Brasil e fazia da então adolescente Key uma cantora de massa, como Anitta em 2013 e 2014, por exemplo. Mas o sucesso massivo costuma mudar rapidamente de dono. Key ainda emplacou alguns sucessos de menor proporção até ir sumindo progressivamente das paradas e da cobiça dos tiosNo controle - o álbum que chega às lojas em edição física em CD neste mês de março de 2015, via Deck, um mês após o lançamento digital - é uma tentativa de Key de se recolocar no mercado fonográfico. É o sexto álbum de estúdio da artista, o primeiro desde Kelly Key (Som Livre, 2008) - e o hiato de sete anos não foi intencional. Key já vem arquitetando este seu sexto álbum desde 2010. O título No controle pode ser referência à música Controle, lançada como single em outubro de 2014. Flerte estéril com o ritmo angolano kizomba, um dos motes do disco, a faixa faz a conexão de Key com a cantora e compositora angolana Celma Ribas, parceira também em Quem é e em Meu anjo. De toda forma, o título No controle também alude ao fato de Key, em tese, ter assumido as rédeas do disco e da carreira. Só que, mesmo no controle, Kelly Key ainda faz um pop artificial, quase sempre trivial, soando sem rumo neste álbum que carece de unidade. O começo do disco - com duas baladinhas de amor e saudade, a pegajosa A nossa música e Quarto 313, ambas de autoria do cantor e compositor carioca Paulo Mac - está fora de sintonia com o fim, mais voltado para o electropop. Nessa parte final do disco, Key se joga na pista de Wanessa com as faixas em inglês Craving for the summer (William Razzy), Let it glow (Fabianno Almeida, Felipe Zero e Dalto Max) e Shaking (Fabianno Almeida), todas formatadas pelo produtor Mr. Jam. Somada ao fato de Key ser cantora de parcos recursos vocais, a indecisão que paira sobre No controle - disco editado em CD sem uma ficha técnica - indica que a artista não fez bom uso de sua autonomia artística. Ninguém babará por Key.

7 comentários:

  1. ♪ Em 2002, Kelly Key parecia estar no controle. Lançada em seu primeiro álbum, Kelly Key (Warner Music, 2001), a música Baba - parceria da artista carioca com o compositor Andinho - dominava as paradas do Brasil e fazia da então adolescente Key uma cantora de massa, como Anitta em 2013 e 2014, por exemplo. Mas o sucesso massivo costuma mudar rapidamente de dono. Key ainda emplacou alguns sucessos de menor proporção até ir sumindo progressivamente das paradas e da cobiça dos tios. No controle - o álbum que chega às lojas em edição física em CD neste mês de março de 2015, via Deck, um mês após o lançamento digital - é uma tentativa de Key de se recolocar no mercado fonográfico. É o sexto álbum de estúdio da artista, o primeiro desde Kelly Key (Som Livre, 2008) - e o hiato de sete anos não foi intencional. Key já vem arquitetando este seu sexto álbum desde 2010. O título No controle pode ser referência à música Controle, lançada como single em outubro de 2014. Flerte estéril com o ritmo angolano kizomba, um dos motes do disco, a faixa faz a conexão de Key com a cantora e compositora angolana Celma Ribas, parceira também em Quem é e em Meu anjo. De toda forma, o título No controle também alude ao fato de Key, em tese, ter assumido as rédeas do disco e da carreira. Só que, mesmo no controle, Kelly Key ainda faz um pop artificial, quase sempre trivial, soando sem rumo neste álbum que carece de unidade. O começo do disco - com duas baladinhas de amor e saudade, a pegajosa A nossa música e Quarto 313, ambas de autoria do cantor e compositor carioca Paulo Mac - está fora de sintonia com o fim, mais voltado para o electropop. Nessa parte final do disco, Key se joga na pista de Wanessa com as faixas em inglês Craving for the summer (William Razzy), Let it glow (Fabianno Almeida, Felipe Zero e Dalto Max) e Shaking (Fabianno Almeida), todas formatadas pelo produtor Mr. Jam. Somada ao fato de Key ser cantora de parcos recursos vocais, a indecisão que paira sobre No controle - disco editado em CD sem uma ficha técnica - indica que a artista não fez bom uso de sua autonomia artística. Ninguém babará por Key.

    ResponderExcluir
  2. Lixo total. Uma perda de tempo resenhar sobre este álbum.

    ResponderExcluir
  3. "Cantora de parcos recursos vocais"??? Como assim, Mauro??? A própria Kelly Key num dos momentos auge de sua carreira cantando para 15 pessoas (na verdade tinha mais, mas só 15 pessoas estavam prestando atenção...) numa boate, atestou que "mandou ver", "abalou" ao cantar o hit brega de Rosana "O Amor E O Poder". Tudo bem que as 15 pessoas não aplaudiram, mas a Kelly estava "no controle" no alto do palco para exigir as palmas merecidas!

    ResponderExcluir
  4. passando vergonha alheia... Ai meus sais !!!!!

    ResponderExcluir
  5. A ressurreição de Kelly Key.Nem me lembrava mais.

    ResponderExcluir
  6. O primeiro cd de 2001 era legal..bem produzido com mixagens espertas e letras adolescentes..o segundo tambem era bom embora inferior ao primeiro...dali pra frente ela deixou os.albuns meio infantis pra falar cim as criancas..ai as musicas perderam um pouco o sal..precisa ter o constrate entre a voz doce e infantil com a batida nervosa no pop pra em placar no caso dela

    ResponderExcluir

Este é um espaço democrático para a emissão de opiniões, sobretudo as divergentes. Contudo, qualquer comentário feito com agressividade ou ofensas - dirigidas a mim, aos artistas ou aos leitores do blog - será recusado. Grato pela participação, Mauro Ferreira

P.S.: Para comentar, é preciso ter um gmail ou qualquer outra conta do google.

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.