♪ EDITORIAL - Inezita Barroso tem voz ativa no universo sertanejo tradicional. Nascida em 4 de março de 1925 na cidade de São Paulo (SP), Ignez Madalena Aranha de Lima completa hoje 90 anos. Ignorada pela mídia cultura impressa, a data é motivo de festa no Brasil que ainda cultiva orgulhosamente suas raízes caipiras. A cantora paulistana, afinal, é uma rara e legítima representante musical desse Brasil caboclo que ecoa na discografia recente de Maria Bethânia, para citar somente um exemplo da importância capital de Inezita na cena musical nativa. Iniciada em 1951, a discografia da cantora alcança os anos 2000, embora obviamente sem a regularidade das áureas décadas de 1950 e 1960. Nascida em abastada família, Inezita não se contentou com o piano que estudou ainda adolescente e logo passou para o violão e para a viola à qual é associada na música e no seu programa de TV. A artista é a voz resistente de um Brasil interiorano que tem tido suas raízes musicais tragadas pelo som massivo propagado pelas emissoras urbanas de rádio e TV. Inezita jamais se curvou a esses sons industriais e aos padrões. Radicalmente contra os caminhos seguidos pela música sertaneja, Inezita Barroso - vista em foto de Jair Magri - é hoje uma cantora do tempo do onça. Mas é esse seu apego aos valores antigos que a tornam relevante nas veredas do grande sertão brasileiro. Embora identificada com a genuína música sertaneja, a cantora registrou repertório que extrapola o universo das modas de viola, das toadas e das canções caipiras. Sem bairrismos ou fronteiras geográficas, Inezita deu voz a temas do folclore nacional e a músicas identificadas com culturas regionais específicas. Por tudo isso, dá para dizer hoje, no dia de seus 90 anos, que Inezita Barroso é uma das (grandes) vozes do Brasil.
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9 comentários:
♪ Editorial - Inezita Barroso tem voz ativa no universo sertanejo tradicional. Nascida em 4 de março de 1925 na cidade de São Paulo (SP), Inês Madalena Aranha de Lima completa hoje 90 anos. Ignorada pela mídia cultura impressa, a data é motivo de festa no Brasil que ainda cultiva orgulhosamente suas raízes caipiras. A cantora paulistana, afinal, é uma rara e legítima representante musical desse Brasil caboclo que ecoa na discografia recente de Maria Bethânia, para citar somente um exemplo da importância capital de Inezita na cena musical nativa. Iniciada em 1951, a discografia da cantora alcança os anos 2000, embora obviamente sem a regularidade das áureas décadas de 1950 e 1960. Nascida em abastada família, Inezita não se contentou com o piano que estudou ainda adolescente e logo passou para o violão e para a viola à qual é associada na música e no seu programa de TV. A artista é a voz resistente de um Brasil interiorano que tem tido suas raízes musicais tragadas pelo som massivo propagado pelas emissoras urbanas de rádio e TV. Inezita jamais se curvou a esses sons industriais e aos padrões. Radicalmente contra os caminhos seguidos pela música sertaneja, Inezita Barroso - vista em foto de Jair Magri - é hoje uma cantora do tempo do onça. Mas é esse seu apego aos valores antigos que a tornam relevante nas veredas do grande sertão brasileiro. Embora identificada com a genuína música sertaneja, a cantora registrou repertório que extrapola o universo das modas de viola, das toadas e das canções caipiras. Sem bairrismos ou fronteiras geográficas, Inezita deu voz a temas do folclore nacional e a músicas identificadas com culturas regionais específicas. Por tudo isso, dá para dizer hoje, no dia de seus 90 anos, que Inezita Barroso é uma das (grandes) vozes do Brasil.
Uma lenda viva. Excelente cantora e apresentadora. Que ainda tenha longos anos de vida pela frente, vividos com muita saúde.
Belo texto Mauro, Inezita merece todas as homenagens possíveis!
Parabéns a vocês...
Grande personagem da nossa música popular. Inezita merece todos os reconhecimentos!
Concordo com as opiniões dos colegas acima e Inezita Barroso é um dos grandes orgulhos da verdadeira música sertaneja deste país. O resto é lixo de gravadora como autodenominam os pagodes que não são pagodes, os forrós que não são forrós e os sertanejos que não são sertanejos.
Parabéns, Inezita! Que Deus lhe conserve com bastante saúde e que você resista com todo seu legado musical e televisivo que são importantíssimos para a música popular brasileira de raiz.
uma joia da nossa música. É só garimpar por aí que você acha... Vale a pena !
Morreu Inezita Barroso!
Me parece que foi a primeira voz a registrar em disco "Ronda" de Paulo Vanzolini.
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