Mauro Ferreira no G1

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terça-feira, 14 de abril de 2015

Polysom dispara edição em vinil de 'Revolver', álbum matador de Franco

Aos 70 anos, completados em janeiro deste ano de 2015, o cantor e compositor paulistano Walter Franco tem reeditado em vinil um de seus melhores álbuns. Lançado há 40 anos pela extinta gravadora Continental, Revolver (1975) ganha reedição na série Clássicos em vinil, da PolySom, voltando ao seu formato original de LP. Revolver é menos hermético do que o primeiro álbum de Franco, Ou não (Continental, 1973), conhecido como "o disco da mosca", mas, ainda assim, é um álbum instigante, renovador, feito com pegada de rock, como já a pista a música que abre o disco, Feito gente (Walter Franco, 1975). Com incursões pela poesia concreta em Eternamente (Walter Franco, 1975), Revolver disparou artilharia pouco comum no universo da música brasileira, dominado naquele ano de 1975 pelo samba, pela MPB e pelo cancioneiro sentimental dos cantores populares. Uma das munições de Revolver foi um laço mais apertado entre som e palavra. Não raro, a letra dava o tom e o ritmo da música. Destacando músicas como Nothing, rock de acento até pop, Revolver é um álbum matador que antecipou de certa forma o som feito por Arnaldo Antunes nos anos 1990 - em carreira solo desenvolvida após sua saída do grupo paulistano Titãs - e que reiterou o caráter revolucionário da música atípica de Walter Franco. 

2 comentários:

Mauro Ferreira disse...

♪ Aos 70 anos, completados em janeiro deste ano de 2015, o cantor e compositor paulistano Walter Franco tem reeditado em vinil um de seus melhores álbuns. Lançado há 40 anos pela extinta gravadora Continental, Revolver (1975) ganha reedição na série Clássicos em vinil, da PolySom, voltando ao seu formato original de LP. Revolver é menos hermético do que o primeiro álbum de Franco, Ou não (Continental, 1973), conhecido como "o disco da mosca", mas, ainda assim, é um álbum instigante, renovador, feito com pegada de rock, como já a pista a música que abre o disco, Feito gente (Walter Franco, 1975). Com incursões pela poesia concreta em Eternamente (Walter Franco, 1975), Revolver disparou artilharia pouco comum no universo da música brasileira, dominado naquele ano de 1975 pelo samba, pela MPB e pelo cancioneiro sentimental dos cantores populares. Uma das munições de Revolver foi um laço mais apertado entre som e palavra. Não raro, a letra dava o tom e o ritmo da música. Destacando músicas como Nothing, rock de acento até pop, Revolver é um álbum matador que antecipou de certa forma o som feito por Arnaldo Antunes nos anos 1990 - em carreira solo desenvolvida após sua saída do grupo paulistano Titãs - e que reiterou o caráter revolucionário da música atípica de Walter Franco.

C.J. disse...

Walter Franco é um gênio musical.