Título: Elifas Andreato - Contornos da música carioca
Artista: Elifas Andreato
Local: Centro Municipal de Referência da Música Carioca Artur da Távola (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 24 de maio de 2015
Fotos: Mauro Ferreira
Cotação: * * * *
♪ Em cartaz de terça-feira a domingo, até 13 de dezembro de 2015, com entrada gratuita
♪ Eis o malandro no trem outra vez, reproduzido em escala humana, em posição idêntica ao do cenário criado por Elifas Andreato para ser fotografado para a capa do álbum duplo Ópera do malandro (Philips, 1979). Trata-se de uma das capas mais festejadas da discografia do cantor e compositor carioca Chico Buarque, aliás. O que justifica a exibição da réplica do malandro, em dimensões reais, na exposição Elifas Andreato - Contornos da música carioca, idealizada para celebrar os 50 anos de carreira do artista gráfico paranaense. Em cartaz de terça-feira a domingo no Centro Municipal de Referência da Música Carioca Artur da Távola, no Rio de Janeiro (RJ), até 13 de dezembro de 2015, a exposição tem curadoria de João Rocha Rodrigues e faz jus ao talento de Elifas. No rastro da aclamação das capas de tom clean criadas pelo artista gráfico carioca César Villela para discos da Elenco ao longo da década de 1960, com marcante identidade visual para o catálogo da gravadora, o então iniciante Elifas construiu uma linguagem gráfica toda própria para suas capas em carreira que, embora iniciada em 1965, deslanchou a partir da primeira metade da década de 1970 com a criação de capas antológicas para álbuns de cantores e compositores como Martinho da Vila e Paulinho da Viola. Elifas trabalhou com todos os grandes nomes do samba. Em todas suas capas, o artista gráfico retratou o artista e o conceito do disco com imagens notáveis, carregadas de sentimento. Para quem não conhece Elifas, sua bela arte está exposta neste evento multimídia que permite o manuseio das capas dos LPs, a audição dos álbuns através de aplicativos digitais e possibilita até que o espectador encaixe seu rosto na moldura de algumas das capas disponíveis para fazer selfie. Além de poder ouvir os álbuns em vitrolas virtuais, há a exibição de vídeos inéditos. Ao pôr os fones de ouvido e selecionar um dos álbuns no menu, o espectador assiste a um vídeo em que Elifas explica o processo de criação e fabricação da capa do disco escolhido. Paulinho da Viola (Paulinho da Viola, EMI-Odeon, 1978), Terreiro, sala e salão (Martinho da Vila, RCA-Victor, 1979) e Traço de união (Beth Carvalho, RCA-Victor, 1982) são alguns discos oferecidos no menu entre álbuns de João Nogueira (1941 - 2000) e Chico Buarque, entre outros nomes. Além disso, é possível assistir no andar superior a uma versão editada do documentário Elifas Andreato - Um artista brasileiro (2007) e, no andar térreo, caminhar por réplica em tamanho real do escritório em que o artista trabalha em São Paulo (SP). Tudo para fazer o espectador entrar no clima do ofício deste artista fundamental para que as capas de discos também fossem vistas e apreciadas no Brasil como objetos de arte que vão muito além da função de embalar o vinil e o CD.
4 comentários:
♪ Eis o malandro no trem outra vez, reproduzido em escala humana, em posição idêntica ao do cenário criado por Elifas Andreato para ser fotografado para a capa do álbum duplo Ópera do malandro (Philips, 1979). Trata-se de uma das capas mais festejadas da discografia do cantor e compositor carioca Chico Buarque, aliás. O que justifica a exibição da réplica do malandro, em dimensões reais, na exposição Elifas Andreato - Contornos da música carioca, idealizada para celebrar os 50 anos de carreira do artista gráfico paranaense. Em cartaz de terça-feira a domingo no Centro Municipal de Referência da Música Carioca Artur da Távola, no Rio de Janeiro (RJ), até 13 de dezembro de 2015, a exposição tem curadoria de João Rocha Rodrigues e faz jus ao talento de Elifas. No rastro da aclamação das capas de tom clean criadas pelo artista gráfico carioca César Villela para discos da Elenco ao longo da década de 1960, com marcante identidade visual para o catálogo da gravadora, o então iniciante Elifas construiu uma linguagem gráfica toda própria para suas capas em carreira que, embora iniciada em 1965, deslanchou a partir da primeira metade da década de 1970 com a criação de capas antológicas para álbuns de cantores e compositores como Martinho da Vila e Paulinho da Viola. Elifas trabalhou com todos os grandes nomes do samba. Em todas suas capas, o artista gráfico retratou o artista e o conceito do disco com imagens notáveis, carregadas de sentimento. Para quem não conhece Elifas, sua bela arte está exposta neste evento multimídia que permite o manuseio das capas dos LPs, a audição dos álbuns através de aplicativos digitais e possibilita até que o espectador encaixe seu rosto na moldura de algumas das capas disponíveis para fazer selfie. Além de poder ouvir os álbuns em vitrolas virtuais, há a exibição de vídeos inéditos. Ao pôr os fones de ouvido e selecionar um dos álbuns no menu, o espectador assiste a um vídeo em que Elifas explica o processo de criação e fabricação da capa do disco escolhido. Paulinho da Viola (Paulinho da Viola, EMI-Odeon, 1978), Terreiro, sala e salão (Martinho da Vila, RCA-Victor, 1979) e Traço de união (Beth Carvalho, RCA-Victor, 1982) são alguns discos oferecidos no menu entre álbuns de João Nogueira (1941 - 2000) e Chico Buarque, entre outros nomes. Além disso, é possível assistir no andar superior a uma versão editada do documentário Elifas Andreato - Um artista brasileiro (2007) e, no andar térreo, caminhar por réplica em tamanho real do escritório em que o artista trabalha em São Paulo (SP). Tudo para fazer o espectador entrar no clima do ofício deste artista fundamental para que as capas de discos também fossem vistas e apreciadas no Brasil como objetos de arte que vão muito além da função de embalar o vinil e o CD.
Esse é fera, talentoso! As capas do Paulinho da Viola que ele fez, são obras de arte!!
Elifas elevou a capa dos discos à obra de arte!
as capas dele são umas das melhores e como foi citado no texto Martinho e Da Viola são uns dos cantores com as melhores capas de suas discografias na minha opinião
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