♪ Embora de origem mineira, a antropóloga Santuza Cambraia Naves (1952 - 2012) conquistou admiradores sobretudo no meio acadêmico carioca com suas interpretações da música brasileira em livros como O violão azul (Fundação Getúlio Vargas, 2008) e Da Bossa Nova à Tropicália (Zahar, 2011). Lançado neste mês de maio de 2015 pela editora Zahar, A canção brasileira - Leituras do Brasil através da música é título póstumo da obra literária da antropóloga na área musical. O livro reúne 11 ensaios escritos por Santuza ao longo de sua carreira e publicados originalmente entre 1998 e 2011. Os artigos têm linguagem acessível, evitando o academicismo que poderia afugentar leitores pouco habituados às prosódias universitárias. Publicado originalmente em 2004, o ensaio Eu quero frátia - A comunidade do rap é artigo já em si interessante por ter lançado raro olhar acadêmico sobre o universo do hip hop, situado em outra esfera social. Também de 2004 é Chico Buarque de Hollanda - O samba como redenção, ensaio em que antropóloga abordou o samba do compositor carioca sob prisma político. O artigo mais antigo, Caetano Veloso - "E onde queres romântico, burguês', escrito e publicado em 1998, foca a obra do compositor baiano a partir de visão do show Livro, ao qual Santuza assistiu naquele ano. Outros artigos - como A canção popular entre Mário e Oswald (2010), A educação sentimental no samba-canção e na bossa nova (2011) e Tom Jobim entre o experimentalismo e a reverência à tradição (2010) - mostram que o leque musical aberto pela antropóloga foi amplo, tendo ventilado considerações pertinentes sobre canções, compositores e temas que abarcam ricos 100 anos de música brasileira.
Guia jornalístico do mercado fonográfico brasileiro com resenhas de discos, críticas de shows e notícias diárias sobre futuros lançamentos de CDs e DVDs. Do pop à MPB. Do rock ao funk. Do axé ao jazz. Passando por samba, choro, sertanejo, soul, rap, blues, baião, música eletrônica e música erudita. Atualizado diariamente. É proibida a reprodução de qualquer texto ou foto deste site em veículo impresso ou digital - inclusive em redes sociais - sem a prévia autorização do editor Mauro Ferreira.
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♪ Embora de origem mineira, a antropóloga Santuza Cambraia Naves (1952 - 2012) conquistou admiradores sobretudo no meio acadêmico carioca com suas interpretações da música brasileira em livros como O violão azul (Fundação Getúlio Vargas, 2008) e Da Bossa Nova à Tropicália (Zahar, 2011). Lançado neste mês de maio de 2015 pela editora Zahar, A canção brasileira - Leituras do Brasil através da música é título póstumo da obra literária da antropóloga na área musical. O livro reúne 11 ensaios escritos por Santuza ao longo de sua carreira e publicados originalmente entre 1998 e 2011. Os artigos têm linguagem acessível, evitando o academicismo que poderia afugentar leitores pouco habituados às prosódias universitárias. Publicado originalmente em 2004, o ensaio Eu quero frátia - A comunidade do rap é artigo já em si interessante por ter lançado raro olhar acadêmico sobre o universo do hip hop, situado em outra esfera social. Também de 2004 é Chico Buarque de Hollanda - O samba como redenção, ensaio em que antropóloga abordou o samba do compositor carioca sob prisma político. O artigo mais antigo, Caetano Veloso - "E onde queres romântico, burguês', escrito e publicado em 1998, foca a obra do compositor baiano a partir de visão do show Livro, ao qual Santuza assistiu naquele ano. Outros artigos - como A canção popular entre Mário e Oswald (2010), A educação sentimental no samba-canção e na bossa nova (2011) e Tom Jobim entre o experimentalismo e a reverência à tradição (2010) - mostram que o leque musical aberto pela antropóloga foi amplo, tendo ventilado considerações pertinentes sobre canções, compositores e temas que abarcam ricos 100 anos de música brasileira.
É o tipo do livro que precisa ser lido,adoro o tema.
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