terça-feira, 26 de maio de 2015

Livro compila 11 ensaios de antropóloga que releu o Brasil através da canção

Embora de origem mineira, a antropóloga Santuza Cambraia Naves (1952 - 2012) conquistou admiradores sobretudo no meio acadêmico carioca com suas interpretações da música brasileira em livros como O violão azul (Fundação Getúlio Vargas, 2008) e Da Bossa Nova à Tropicália (Zahar, 2011). Lançado neste mês de maio de 2015 pela editora Zahar, A canção brasileira - Leituras do Brasil através da música é título póstumo da obra literária da antropóloga na área musical. O livro reúne 11 ensaios escritos por Santuza ao longo de sua carreira e publicados originalmente entre 1998 e 2011. Os artigos têm linguagem acessível, evitando o academicismo que poderia afugentar leitores pouco habituados às prosódias universitárias. Publicado originalmente em 2004, o ensaio Eu quero frátia - A comunidade do rap é artigo já em si interessante por ter lançado raro olhar acadêmico sobre o universo do hip hop, situado em outra esfera social. Também de 2004 é Chico Buarque de Hollanda - O samba como redenção, ensaio em que antropóloga abordou o samba do compositor carioca sob prisma político. O artigo mais antigo, Caetano Veloso - "E onde queres romântico, burguês', escrito e publicado em 1998, foca a obra do compositor baiano a partir de visão do show Livro, ao qual Santuza assistiu naquele ano. Outros artigos - como A canção popular entre Mário e Oswald (2010), A educação sentimental no samba-canção e na bossa nova (2011)  e Tom Jobim entre o experimentalismo e a reverência à tradição (2010) - mostram que o leque musical aberto pela antropóloga foi amplo, tendo ventilado considerações pertinentes sobre canções,  compositores e temas que abarcam ricos 100 anos de música brasileira.

2 comentários:

  1. ♪ Embora de origem mineira, a antropóloga Santuza Cambraia Naves (1952 - 2012) conquistou admiradores sobretudo no meio acadêmico carioca com suas interpretações da música brasileira em livros como O violão azul (Fundação Getúlio Vargas, 2008) e Da Bossa Nova à Tropicália (Zahar, 2011). Lançado neste mês de maio de 2015 pela editora Zahar, A canção brasileira - Leituras do Brasil através da música é título póstumo da obra literária da antropóloga na área musical. O livro reúne 11 ensaios escritos por Santuza ao longo de sua carreira e publicados originalmente entre 1998 e 2011. Os artigos têm linguagem acessível, evitando o academicismo que poderia afugentar leitores pouco habituados às prosódias universitárias. Publicado originalmente em 2004, o ensaio Eu quero frátia - A comunidade do rap é artigo já em si interessante por ter lançado raro olhar acadêmico sobre o universo do hip hop, situado em outra esfera social. Também de 2004 é Chico Buarque de Hollanda - O samba como redenção, ensaio em que antropóloga abordou o samba do compositor carioca sob prisma político. O artigo mais antigo, Caetano Veloso - "E onde queres romântico, burguês', escrito e publicado em 1998, foca a obra do compositor baiano a partir de visão do show Livro, ao qual Santuza assistiu naquele ano. Outros artigos - como A canção popular entre Mário e Oswald (2010), A educação sentimental no samba-canção e na bossa nova (2011) e Tom Jobim entre o experimentalismo e a reverência à tradição (2010) - mostram que o leque musical aberto pela antropóloga foi amplo, tendo ventilado considerações pertinentes sobre canções, compositores e temas que abarcam ricos 100 anos de música brasileira.

    ResponderExcluir
  2. É o tipo do livro que precisa ser lido,adoro o tema.

    ResponderExcluir

Este é um espaço democrático para a emissão de opiniões, sobretudo as divergentes. Contudo, qualquer comentário feito com agressividade ou ofensas - dirigidas a mim, aos artistas ou aos leitores do blog - será recusado. Grato pela participação, Mauro Ferreira

P.S.: Para comentar, é preciso ter um gmail ou qualquer outra conta do google.

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.