Resenha de EP
Título: Metá Metá EP 2015
Artista: Metá Metá
Gravadora: Edição independente do artista
Cotação: * * * * *
♪ Disco disponível para download gratuito e audição na web
♪ "Penso que o tempo / Sempre quis me devorar / Me perco nesse tempo / Me perco nesse tempo...", vociferou a banda paulistana As Mercenárias, expoente feminino do punk brasileiro dos anos 1980, através dos versos de Me perco nesse tempo (Edgard Scandurra), tema do primeiro álbum do grupo, Cadê as armas? (Baratos Afins, 1986). Decorridos quase trinta anos dessa primal gravação, outro grupo paulistano, Metá Metá, se encontra nesse tempo hard em gravação pesada que valoriza EP gravado em 2 de abril de 2015 no estúdio El Rocha, em São Paulo (SP), e lançado esta semana pelo Metá Metá às vésperas de partir para turnê europeia. Disponibilizado para download gratuito e audição desde ontem, 18 de maio de 2015, o EP retrata em três gravações - que totalizam inebriantes 10 minutos e 46 minutos - o momento áureo vivido por Juçara Marçal (voz, forte), Kiko Dinucci (voz e guitarra), Thiago França (sax), Marcelo Cabral (baixo) e Serginho Machado (bateria) desde a estreia em disco, em 2011, há apenas quatro anos. A regravação de Me perco nesse tempo consegue ser tão punk quanto o registro d'As Mercenárias ao mesmo tempo em que escapa do universo punk oitentista, trazendo a música para os dias e os sons atuais. Música de autoria de Kiko Dinucci que abre o EP e que foi lançada pelo compositor paulistano há oito anos no álbum que dividiu com Juçara Marçal, Padê (Independente, 2007), Atotô tem revolvida sua raiz afro-brasileira com gás e o peso da guitarra de Dinucci. No registro do Metá, Atotô é envolvida em ambiência noise que combina distorções, ruídos e tensões sem macular a matriz afro. É a mesma tensão que pauta a terceira faixa do EP, Sozinho, um transamba de Douglas Germano que o Metá Metá já mostrava em shows, mas até então nunca tinha registrado em disco. A rigor, a gravação é acústica, mas a fricção do violão de Dinucci com o sopro intencionalmente torto do sax tenor de Thiago França produz eletricidade e se afina com o tom inquieto, hard, deste disco em que o Metá Metá se encontra em estado de ebulição, em plena efervescência criativa, devorando o seu tempo.
♪ "Penso que o tempo / Sempre quis me devorar / Me perco nesse tempo / Me perco nesse tempo...", vociferou a banda paulistana As Mercenárias, expoente feminino do punk brasileiro dos anos 1980, através dos versos de Me perco nesse tempo (Edgard Scandurra), tema do primeiro álbum do grupo, Cadê as armas? (Baratos Afins, 1986). Decorridos quase trinta anos dessa gravação, outro grupo paulistano, Metá Metá, se encontra nesse tempo hard em gravação pesada que valoriza o EP gravado em 2 de abril de 2015 no estúdio El Rocha, em São Paulo (SP), e lançado esta semana pelo grupo às vésperas de partir para turnê europeia. Disponibilizado para download gratuito e audição desde ontem, 18 de maio de 2015, o EP retrata em três gravações - que totalizam inebriantes 10 minutos e 46 minutos - o momento áureo vivido por Juçara Marçal (voz), Kiko Dinucci (voz e guitarra), Thiago França (sax), Marcelo Cabral (baixo) e Serginho Machado (bateria) desde a estreia em disco, em 2011, há apenas quatro anos. A regravação de Me perco nesse tempo consegue ser tão punk quanto o registro d'As Mercenárias ao mesmo tempo em que escapa do universo punk oitentista, trazendo a música para os dias e os sons atuais. Música de autoria de Kiko Dinucci que abre o EP e que foi lançada pelo compositor paulistano há oito anos no álbum que dividiu com Juçara Marçal, Padê (Independente, 2007), Atotô tem revolvida sua raiz afro-brasileira com o peso da guitarra de Dinucci. No registro do Metá, Atotô é envolvida em ambiência noise que combina distorções, ruídos e tensões sem macular a matriz afro. É a mesma tensão que pauta a terceira faixa do EP, Sozinho, um transamba de Douglas Germano que o Metá Metá já mostrava em shows, mas até então nunca tinha registrado em disco. A rigor, a gravação é acústica, mas a fricção do violão de Dinucci com o sopro intencionalmente torto do sax tenor de Thiago França produz eletricidade e se afina com o tom inquieto, hard, deste disco em que o Metá Metá se encontra em estado de ebulição, em plena efervescência criativa, devorando o seu tempo.
ResponderExcluirSensacionais!
ResponderExcluirNem de graça, thanks!
ResponderExcluirExcelente, como tudo que eles fazem....Juçara é uma cantora, interessante, intensa, versatil, poderosa...poderia passar o dia elogiando ela...ótimo lançamento
ResponderExcluirla mala leche para los puretas
ResponderExcluirAdoro a banda! Existe o link para download? Obrigado!
ResponderExcluirAndré caso você não tenha baixado ainda, no Face deles tem link prá download....
ResponderExcluirNão conheço o som da BANDA,que no meu tempo a gente chamava de CONJUNTO.
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