Mauro Ferreira no G1

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quinta-feira, 28 de maio de 2015

Pop americanizado de Apollo ganha bom polimento de Strausz em 'Pure lust'

Resenha de EP 
Título: Pure lust
Artista: Apollo
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * * 1/2
 Disco disponível para download e / ou audição somente em edição digital

Quem ouvir o EP Pure lust - disponibilizado nas plataformas digitais desde 19 de maio de 2015 através da gravadora Sony Music - sem conhecer a nacionalidade brasileira do artista do disco provavelmente iria supor tratar-se de mais um cantor norte-americano de r & b contemporâneo. E tal suposição não estaria errada. O dono do EP e de encorpada voz grave é o jovem carioca Apollo, cujo porte de deus grego certamente vai contribuir para chamar atenção e público para sua música. Pure lust nasceu da conexão do cantor com o produtor Leo Justi, mas, com exceção da última das seis músicas, Loan, produzida por Justi, o disco foi formatado e finalizado por Diogo Strausz, produtor carioca com cotação alta no mercado indie nacional por ter dado forma ao segundo álbum da cantora carioca Alice Caymmi, Rainha dos raios (Joia Moderna, 2014). E o fato é o que o EP - de repertório inteiramente composto e cantado em inglês - serve como bom cartão-de-visitas para Apollo. A música-título Pure lust é pop de boa cepa, a faixa de maior potencial popular. Grand é um r & b contemporâneo que sinaliza que Apollo certamente fez sua cabeça com discos de Michael Jackson (1958 - 2009) e Prince. Primeiro single do disco, Crash mostra que, apesar das boas referências do passado, o som pop-r&b-eletrônico de Apollo está em sintonia com o tempo do artista. Já Bruises é a balada vocacionada para amolecer corações. Exemplo das habilidades de Strausz como produtor, o arranjo de tom acústico de Bruises ganha progressiva intensidade ao longo dos cinco minutos da faixa. Já Aim joga Pure lust na pista do dance pop com ecos de dubstep. Enfim, o carioca Apollo chega americanizado em seu primeiro lançamento fonográfico oficial. Mas deixa boa impressão com seu EP e pode ampliar seus domínios se encontrar público disposto a se jogar na sua pista,  sem cobrar de Apollo uma identidade artística mais nítida.

2 comentários:

Mauro Ferreira disse...

♪ Quem ouvir o EP Pure lust - disponibilizado nas plataformas digitais desde 19 de maio de 2015 através da gravadora Sony Music - sem conhecer a nacionalidade brasileira do artista do disco provavelmente iria supor tratar-se de mais um cantor norte-americano de r & b contemporâneo. E tal suposição não estaria errada. O dono do EP e de encorpada voz grave é o jovem carioca Apollo, cujo porte de deus grego certamente vai contribuir para chamar atenção e público para sua música. Pure lust nasceu da conexão do cantor com o produtor Leo Justi, mas, com exceção da última das seis músicas, Loan, produzida por Justi, o disco foi formatado e finalizado por Diogo Strausz, produtor carioca com cotação alta no mercado indie nacional por ter dado forma ao segundo álbum da cantora carioca Alice Caymmi, Rainha dos raios (Joia Moderna, 2014). E o fato é o que o EP - de repertório inteiramente composto e cantado em inglês - serve como bom cartão-de-visitas para Apollo. A música-título Pure lust é pop de boa cepa, a faixa de maior potencial popular. Grand é um r & b contemporâneo que sinaliza que Apollo certamente fez sua cabeça com discos de Michael Jackson (1958 - 2009) e Prince. Primeiro single do disco, Crash mostra que, apesar das boas referências do passado, o som pop-r&b-eletrônico de Apollo está em sintonia com o tempo do artista. Já Bruises é a balada vocacionada para amolecer corações. Exemplo das habilidades de Strausz como produtor, o arranjo de tom acústico de Bruises ganha progressiva intensidade ao longo dos cinco minutos da faixa. Já Aim joga Pure lust na pista do dance pop com ecos de dubstep. Enfim, o carioca Apollo chega americanizado em seu primeiro lançamento fonográfico oficial. Mas deixa boa impressão com seu EP e pode ampliar seus domínios se encontrar público disposto a se jogar na sua pista, sem cobrar de Apollo uma identidade artística mais nítida.

Luca disse...

deus grego? hum, o Mauro se encantou com o Apollo e não foi pela voz do moço...