Resenha de CD
Título: Aperte o play
Artista: Dream Team do Passinho
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * *
♪ Movimento criado nos anos 2000, nos bailes e nas ruas das comunidades que têm o funk como trilha sonora preferencial, o Passinho é uma das traduções do pancadão que fala a língua da juventude que consome o gênero. Surgido em 2014, o Dream Team do Passinho - grupo formado por jovens do Rio de Janeiro (RJ) e da Baixada Fluminense (RJ) - foi atrás de seu sonho, materializado através de seu primeiro álbum, Aperte o play, lançado neste mês de junho de 2105 em edição da Sony Music. Precedido pelo sucesso do single De ladin (Rafael Mike, Rene, Breder e Lellêzinha), o álbum apresenta 12 músicas em meros 32 minutos, mostrando o suingue e a sintonia entre Diogo Breguete (morador da Favela da Cachoeirinha, situada no subúrbio carioca), Pablinho (egresso da Favela da Rocinha), Lellêzinha (cantora e atriz vinda da Zona Oeste do Rio de Janeiro, bendito fruto na formação masculina do quinteto), Hiltinho (morador de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense) e Rafael Mike (morador de Nova Iguaçu que já se radicou na cidade do Rio de Janeiro). No disco, o funk do grupo passa pelo filtro pop dos produtores Umberto Tavares e Mãozinha, os mesmos que formataram o som de Anitta para além do universo funk. Time que sonha (Mike, Breder, Breguete e Pablinho) e Quadradinho junto (Rafael Mike e Breder) sobressaem em repertório aditivado com boa dose de eletrônica, especialmente alta em Caracoles (Mike, Breder e Fernando Barcello), faixa de sons sintetizados. Batidas à parte, o discurso é jovem, feliz e desencanado. Batom com batom (Mike e Breder), por exemplo, recorre ao batidão para contar casos de duas meninas que se pegam no baile para inveja dos manos. A letra culmina com citação de verso d'O xote das meninas (Luiz Gonzaga e Zé Dantas, 1953). Enfim, temas como A fila (Rafael Mike, Rene e Breder) dialogam com o universo dos jovens que curtem o passinho. E, no fim, entra em cena em Qual foi (Rafael Mike, Bolinho Fantástico, Diogo Breguete, Breder e Pablinho) até um baticum que evoca o samba de matriz africana. Enfim, há todo um polimento, uma maquiagem pop, no som ouvido no disco do Dream Team do Passinho. Mas Aperte o play tem seus méritos. É som de preto, de favelado, mas, quando toca, (quase...) ninguém vai ficar parado.
♪ Movimento criado nos anos 2000, nos bailes e nas ruas das comunidades que têm o funk como trilha sonora preferencial, o Passinho é uma das traduções do pancadão que fala a língua da juventude que consome o gênero. Surgido em 2014, o Dream Team do Passinho - grupo formado por jovens do Rio de Janeiro (RJ) e da Baixada Fluminense (RJ) - foi atrás de seu sonho, materializado através de seu primeiro álbum, Aperte o play, lançado neste mês de junho de 2105 em edição da Sony Music. Precedido pelo sucesso do single De ladin (Rafael Mike, Rene, Breder e Lellêzinha), o álbum apresenta 12 músicas em meros 32 minutos, mostrando o suingue e a sintonia entre Diogo Breguete (morador da Favela da Cachoeirinha, situada no subúrbio carioca), Pablinho (egresso da Favela da Rocinha), Lellêzinha (cantora e atriz vinda da Zona Oeste do Rio de Janeiro, bendito fruto na formação masculina do quinteto), Hiltinho (morador de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense) e Rafael Mike (morador de Nova Iguaçu que já se radicou na cidade do Rio de Janeiro). No disco, o funk do grupo passa pelo filtro pop dos produtores Umberto Tavares e Mãozinha, os mesmos que formataram o som de Anitta para além do universo funk. Time que sonha (Mike, Breder, Breguete e Pablinho) e Quadradinho junto (Rafael Mike e Breder) sobressaem em repertório aditivado com boa dose de eletrônica, especialmente alta em Caracoles (Mike, Breder e Fernando Barcello), faixa de sons sintetizados. Batidas à parte, o discurso é jovem, feliz e desencanado. Batom com batom (Mike e Breder), por exemplo, recorre ao batidão para contar casos de duas meninas que se pegam no baile para inveja dos manos. A letra culmina com citação de verso d'O xote das meninas (Luiz Gonzaga e Zé Dantas, 1953). Enfim, temas como A fila (Rafael Mike, Rene e Breder) dialogam com o universo dos jovens que curtem o passinho. E, no fim, entra em cena em Qual foi (Rafael Mike, Bolinho Fantástico, Diogo Breguete, Breder e Pablinho) até um baticum que evoca o samba de matriz africana. Enfim, há todo um polimento, uma maquiagem pop, no som ouvido no disco do Dream Team do Passinho. Mas Aperte o play tem seus méritos. É som de preto, de favelado, mas, quando toca, (quase...) ninguém vai ficar parado.
ResponderExcluirEu vi um vídeo desse pessoal,gostei muito da coreografia.Visualmente é nota dez.
ResponderExcluiré uma realidade que não dá pra negar
ResponderExcluirDispenso o som desse grupo...
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