Título: Troco likes
Artista: Tiago Iorc
Gravadora: Slap
Cotação: * *
♪ O título do quarto álbum de Tiago Iorc, Troco likes, já sinaliza que o cantor e compositor de origem brasiliense - criado entre Inglaterra e Estados Unidos - quer se conectar com o público jovem que vive nas redes sociais. A capa do disco - inusitado desenho do artista, visto no traço do ilustrador argentino Nestor Canavarro - corrobora a intenção de Iorc de chamar atenção para ser mais notado nas plataformas digitais. Tanto que Troco likes está sendo anunciado pelo selo Slap como o primeiro álbum inteiramente composto e cantado em português deste artista que debutou no mercado fonográfico com dois álbuns - Let yourself in (Som Livre, 2008) e Umbilical (Som Livre, 2011) - totalmente gravados em inglês. No álbum anterior, Zeski (Som Livre, 2013), Iorc já arriscou algumas faixas em português que, a rigor, nada acrescentaram ao cancioneiro do artista. Mas, desta vez, o mergulho na língua portuguesa é mais fundo - a ponto de a única música em inglês do disco, Till I'm old and gray (Tiago Iorc), estar alocada como faixa-bônus. De toda forma, Troco likes é álbum que fala essencialmente a língua pop de Iorc com approach mais popular. Só que, idiomas à parte, o disco - produzido pelo próprio Iorc com Alexandre Castilho - mostra que o fôlego autoral do compositor já se revela curto. Entre apáticas canções de amor como Amei te ver (Tiago Iorc), De todas as coisas (Tiago Iorc) e a confessional Eu errei (Tiago Iorc), há promissora parceria com o compositor paulistano Dani Black (Mil razões), mas o repertório inédito e essencialmente autoral destaca, sobretudo, Alexandria, feliz parceria de Iorc com Humberto Gessinger, mentor e vocalista do ora desativado grupo gaúcho Engenheiros do Hawaii. O refrão do tema ("Gente demais / Com tempo demais / Falando demais / Alto demais") é especialmente pegajoso. E por falar em conexão com artista dos Pampas, o compositor gaúcho Duca Leindecker - partner de Gessinger no duo Pouca Vogal - assina Bossa (1998), única composição do disco sem a assinatura de Iorc. Trata-se de regravação de música do repertório do grupo gaúcho Cidadão Quem, abordada por Iorc com energia bissexta no álbum. Troco likes dilui o acento folk da obra inicial de Iorc em favor de trivial linguagem pop radiofônica - como já dera a entender o single Coisa linda (Tiago Iorc e Leo Fressato), canção tão apaixonada quanto Cataflor (Tiago Iorc). Enfim, Tiago Iorc já mostrou em seus discos iniciais que domina linguagens musicais menos fáceis.
4 comentários:
♪ O título do quarto álbum de Tiago Iorc, Troco likes, já sinaliza que o cantor e compositor de origem brasiliense - criado entre Inglaterra e Estados Unidos - quer se conectar com o público jovem que vive nas redes sociais. A capa do disco - inusitado desenho do artista, visto no traço do ilustrador argentino Nestor Canavarro - corrobora a intenção de Iorc de chamar atenção para ser mais notado nas plataformas digitais. Tanto que Troco likes está sendo anunciado pelo selo Slap como o primeiro álbum inteiramente composto e cantado em português deste artista que debutou no mercado fonográfico com dois álbuns - Let yourself in (Som Livre, 2008) e Umbilical (Som Livre, 2011) - totalmente gravados em inglês. No álbum anterior, Zeski (Som Livre, 2013), Iorc já arriscou algumas faixas em português que, a rigor, nada acrescentaram ao cancioneiro do artista. Mas, desta vez, o mergulho na língua portuguesa é mais fundo - a ponto de a única música em inglês do disco, Till I'm old and gray (Tiago Iorc), estar alocada como faixa-bônus. De toda forma, Troco likes é álbum que fala essencialmente a língua pop de Iorc com approach mais popular. Só que, idiomas à parte, o disco - produzido pelo próprio Iorc com Alexandre Castilho - mostra que o fôlego autoral do compositor já se revela curto. Entre apáticas canções de amor como Amei te ver (Tiago Iorc), De todas as coisas (Tiago Iorc) e a confessional Eu errei (Tiago Iorc), há promissora parceria com o compositor paulistano Dani Black (Mil razões), mas o repertório inédito e essencialmente autoral destaca, sobretudo, Alexandria, feliz parceria de Iorc com Humberto Gessinger, mentor e vocalista do ora desativado grupo gaúcho Engenheiros do Hawaii. O refrão do tema ("Gente demais / Com tempo demais / Falando demais / Alto demais") é especialmente pegajoso. E por falar em conexão com artista dos Pampas, o compositor gaúcho Duca Leindecker - partner de Gessinger no duo Pouca Vogal - assina Bossa (1998), única composição do disco sem a assinatura de Iorc. Trata-se de regravação de música do repertório do grupo gaúcho Cidadão Quem, abordada por Iorc com pegada bissexta no álbum. Troco likes dilui o acento folk da obra inicial de Iorc em favor de trivial linguagem pop radiofônica - como já dera a entender o single Coisa linda (Tiago Iorc e Leo Fressato), canção tão apaixonada quanto Cataflor (Tiago Iorc). Enfim, Tiago Iorc já mostrou em seus discos iniciais que domina linguagens musicais menos fáceis.
Não ouvi ainda o disco, mas detestei a capa... Uma das piores capas de todos os tempos...
Achei a capa bem criativa!
Não ouvi o disco, mas o moço tá vendendo muito bem. Turnê grande, vai faturar bastante os shows (+ meet&greet) pro público pré-adolescente.
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