Mauro Ferreira no G1

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sábado, 22 de agosto de 2015

NX Zero afasta fantasma do emo enquanto busca norte entre rocks e baladas

Resenha de CD
Título: Norte
Artista: NX Zero
Gravadora: Deck
Cotação: * * *

♪ Assim como o grupo gaúcho Fresno, o grupo paulistano NX Zero ganhou projeção no desolador cenário roqueiro brasileiro dos anos 2000 sob a batuta padronizadora do produtor e empresário Rick Bonadio. Assim como o Fresno, o NX Zero rompeu a parceria com Bonadio, decidido a buscar outros timbres para seu som por vezes associado ao emo. Em busca de rumo para sua carreira, ameaçada por crise interna que quase provocou o fim do quinteto, o NX Zero encontrou seu norte na pessoa de Rafael Ramos, que assumiu a função de diretor artístico do EP digital produzido e lançado pela banda no ano passado, Estamos no começo de algo muito bom, não precisa ter nome não. (Independente, 2014), primeiro título da nova fase da discografia do NX Zero. A parceria com Ramos foi bisada no sexto álbum inéditas do grupo, Norte, lançado neste mês de agosto de 2015. É Ramos quem assina a produção deste disco que marca a estreia do NX Zero na gravadora carioca Deck. Produtor habilidoso, Ramos afasta de vez o fantasma do emo que rondava a obra do NX Zero, eliminando resquícios do hardcore melódico em bons rocks como Modo avião (Di Ferrero e Gee Rocha) e Gole de sorte (Di Ferrero e Gee Rocha), voos mais altos do repertório inédito e autoral ao lado da balada pop Meu bem (Di Ferrero, Gee Rocha, Dani Wersler, Fi Ricardo e Caco Grandino), a faixa mais radiofônica do disco. A alardeada influência do soul se mostra imperceptível ao longo das 12 músicas de Norte. Mas o que importa é que, entre rocks nervosos como Por amor (Di Ferrero e Gee Rocha) e baladas menos sedutoras como Vibe (Di Ferrero e Gee Rocha), o NX Zero está procurando outro caminho para seu som. Com a participação luxuosa de Lulu Santos, cuja guitarra slide é ouvida em solo inserido na balada Fração de segundo (Di Ferrero, Gee Rocha, Dani Wersler e Fi Ricardo), Norte aponta esse caminho, que passa pela valorização da guitarra na construção dos arranjos e pela escrita de algumas letras de teor crítico. Se continuar por esse caminho,  o NX Zero tem tudo para crescer e ganhar mais peso na cena roqueira do Brasil.

6 comentários:

Mauro Ferreira disse...

♪ Assim como o grupo gaúcho Fresno, o grupo paulistano NX Zero ganhou projeção no desolador cenário roqueiro brasileiro dos anos 2000 sob a batuta padronizadora do produtor e empresário Rick Bonadio. Assim como o Fresno, o NX Zero rompeu a parceria com Bonadio, decidido a buscar outros timbres para seu som por vezes associado ao emo. Em busca de rumo para sua carreira, ameaçada por crise interna que quase provocou o fim do quinteto, o NX Zero encontrou seu norte na pessoa de Rafael Ramos, que assumiu a função de diretor artístico do EP digital produzido e lançado pela banda no ano passado, Estamos no começo de algo muito bom, não precisa ter nome não. (Independente, 2014), primeiro título da nova fase da discografia do NX Zero. A parceria com Ramos foi bisada no sexto álbum inéditas do grupo, Norte, lançado neste mês de agosto de 2015. É Ramos quem assina a produção deste disco que marca a estreia do NX Zero na gravadora carioca Deck. Produtor habilidoso, Ramos afasta de vez o fantasma do emo que rondava a obra do NX Zero, eliminando resquícios do hardcore melódico em bons rocks como Modo avião (Di Ferrero e Gee Rocha) e Gole de sorte (Di Ferrero e Gee Rocha), voos mais altos do repertório inédito e autoral ao lado da balada pop Meu bem (Di Ferrero, Gee Rocha, Dani Wersler, Fi Ricardo e Caco Grandino), a faixa mais radiofônica do disco. A alardeada influência do soul se mostra imperceptível ao longo das 12 músicas de Norte. Mas o que importa é que, entre rocks nervosos como Por amor (Di Ferrero e Gee Rocha) e baladas menos sedutoras como Vibe (Di Ferrero e Gee Rocha), o NX Zero está procurando outro caminho para seu som. Com a participação luxuosa de Lulu Santos, cuja guitarra slide é ouvida em solo inserido na balada Fração de segundo (Di Ferrero, Gee Rocha, Dani Wersler e Fi Ricardo), Norte aponta esse caminho, que passa pela valorização da guitarra na construção dos arranjos e pela escrita de algumas letras de teor crítico. Se continuar por esse caminho, o NX Zero tem tudo para crescer e ganhar mais peso na cena roqueira do Brasil.

Rafael disse...
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Rafael disse...
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Rafael disse...
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Luca disse...

Esse disco deu uma melhorada no som do grupo, pelo que ouvi, modo avião e meu bem mas não sei se vão além disso

ADEMAR AMANCIO disse...

...não precisa ter nome não,muito bom.