Título: Parceria
Artista: Cainã Cavalcante e Zé Paulo Becker
Gravadora: Edição independente dos artistas
Cotação: * * * *
Guia jornalístico do mercado fonográfico brasileiro com resenhas de discos, críticas de shows e notícias diárias sobre futuros lançamentos de CDs e DVDs. Do pop à MPB. Do rock ao funk. Do axé ao jazz. Passando por samba, choro, sertanejo, soul, rap, blues, baião, música eletrônica e música erudita. Atualizado diariamente. É proibida a reprodução de qualquer texto ou foto deste site em veículo impresso ou digital - inclusive em redes sociais - sem a prévia autorização do editor Mauro Ferreira.
Este é um espaço democrático para a emissão de opiniões, sobretudo as divergentes. Contudo, qualquer comentário feito com agressividade ou ofensas - dirigidas a mim, aos artistas ou aos leitores do blog - será recusado. Grato pela participação, Mauro Ferreira
P.S.: Para comentar, é preciso ter um gmail ou qualquer outra conta do google.
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.
♪ A pulsação flamenca dos virtuosos violões de Cainã Cavalcante e Zé Paulo Becker em Andaluso (Zé Paulo Becker) é pista até certo ponto falsa, dada na abertura de Parceria, álbum que junta o cearense Cainã com o carioca Becker. Parceria, disco gravado no estúdio carioca Tenda da Raposa e editado de forma independente neste mês de setembro de 2015, reverencia a tradição do violão brasileiro. E não somente porque inclui tema em homenagem ao cantor, compositor e violonista mineiro João Bosco, Passeando no Bosco, um das oito composições assinadas por Becker entre as dez músicas do álbum produzido e arranjado pelos próprios artistas. Ases do violão (embora menos conhecido, Cainã já gravou com nomes como Fagner e já formou duo com o pianista Thiago Almeida), os músicos ecoam influências do violão determinante de Baden Powell (1937 - 2000) ao longo de temas como Clara (Zé Paulo Becker), Rua Bariri (Zé Paulo Becker), Pra tudo ficar bem (Zé Paulo Becker) e a composição de Cainã que dá nome ao disco, Parceria. Impregnadas de sutis toques jazzísticos, as levadas são predominantemente brasileiras. Em fina sintonia, Cainã e Becker transitam por ritmos como choro, samba e baião. Burilado a partir de 2011, ano em que os dois violonistas começara a tocar juntos, o duo de Cainã e Becker surgiu 13 anos após o então menino Cainã, na época com oito anos, ter conhecido Becker em show feito pelo Trio Madeira Brasil em Fortaleza (CE) em 1998. O fato de hoje ambos estarem assinando um álbum, de igual para igual, realça o talento incomum de Cainã no toque do violão, instrumento dominado pelo virtuoso Becker.
ResponderExcluir