♪ Samba e pagode eram originalmente termos que designavam o mesmo gênero de música. Pagode era samba até a década de 1980. Só que o mercado fonográfico tratou de dar significados distintos às palavras samba e pagode. Sambistas passaram a ser os bambas mais ligados às tradições do gênero. Pagodeiros - a partir da década de 1990 - são os que cantam um samba mais pop, de batida menos percussiva. O que justifica o título da coletânea Top - Samba & pagode - O melhor de todos os tempos, lançada pela gravadora Universal Music neste mês de outubro de 2015 nos formatos de CD e DVD. O CD alinha 12 gravações de nomes como Beth Carvalho, Dilsinho, Diogo Nogueira, Maria Rita, Mariene de Castro, Martinho da Vila, Mumuzinho, Thiaguinho, Xande de Pilares e Zeca Pagodinho. Embora não tenha fotos expostas nas capas do CD e DVD, os grupos Exaltasamba e Sorriso Maroto também figuram na compilação. Já o DVD exibe registros audiovisuais de 13 músicas. A gravação do samba Sem compromisso (Nelson Trigueiro e Geraldo Pereira, 1954) por Zeca Pagodinho entrou somente no DVD. Os conteúdos de CD e DVD são quase idênticos. Além do fonograma de Zeca, presente também nos dois formatos com Gosto que me enrosco (Sinhô, 1928), a única diferença é que, no DVD, Dilsinho canta A vingança (Douglas Lacerda e Munir Trad, 2014) enquanto no CD a voz do cantor é ouvida na música Vem que tem (2014), de autoria de Dilsinho. Para quem não tem o Sambabook Zeca Pagodinho (Musickeria, 2014), a coletânea rebobina a gravação de Alto lá (Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz e Sombrinha, 2000), feita por Maria Rita para o projeto que celebrou a obra autoral de Zeca Pagodinho no ano passado. Do mesmo sambabook, aliás, a compilação extraiu o registro de Faixa amarela (Zeca Pagodinho, Jessé Pai, Luis Carlos e Beto Gato, 1997) com Martinho da Vila e a (bela) gravação de Lama nas ruas (Almir Guineto e Zeca Pagodinho, 1986), feita por Beth Carvalho no tributo a Zeca.
Guia jornalístico do mercado fonográfico brasileiro com resenhas de discos, críticas de shows e notícias diárias sobre futuros lançamentos de CDs e DVDs. Do pop à MPB. Do rock ao funk. Do axé ao jazz. Passando por samba, choro, sertanejo, soul, rap, blues, baião, música eletrônica e música erudita. Atualizado diariamente. É proibida a reprodução de qualquer texto ou foto deste site em veículo impresso ou digital - inclusive em redes sociais - sem a prévia autorização do editor Mauro Ferreira.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
♪ Samba e pagode eram originalmente termos que designavam o mesmo gênero de música. Pagode era samba até a década de 1980. Só que o mercado fonográfico tratou de dar significados distintos às palavras samba e pagode. Sambistas passaram a ser os bambas mais ligados às tradições do gênero. Pagodeiros - a partir da década de 1990 - são os que cantam um samba mais pop, de batida menos percussiva. O que justifica o título da coletânea Top - Samba & pagode - O melhor de todos os tempos, lançada pela gravadora Universal Music neste mês de outubro de 2015 nos formatos de CD e DVD. O CD alinha 12 gravações de nomes como Beth Carvalho, Dilsinho, Diogo Nogueira, Maria Rita, Mariene de Castro, Martinho da Vila, Mumuzinho, Thiaguinho, Xande de Pilares e Zeca Pagodinho. Embora não tenha fotos expostas nas capas do CD e DVD, os grupos Exaltasamba e Sorriso Maroto também figuram na compilação. Já o DVD exibe registros audiovisuais de 13 músicas. A gravação do samba Sem compromisso (Nelson Trigueiro e Geraldo Pereira, 1954) por Zeca Pagodinho entrou somente no DVD. Os conteúdos de CD e DVD são quase idênticos. Além do fonograma de Zeca, presente também nos dois formatos com Gosto que me enrosco (Sinhô, 1928), a única diferença é que, no DVD, Dilsinho canta A vingança (Douglas Lacerda e Munir Trad, 2014) enquanto no CD a voz do cantor é ouvida na música Vem que tem (2014), de autoria de Dilsinho. Para quem não tem o Sambabook Zeca Pagodinho (Musickeria, 2014), a coletânea rebobina a gravação de Alto lá (Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz e Sombrinha, 2000), feita por Maria Rita para o projeto que celebrou a obra autoral de Zeca Pagodinho no ano passado. Do mesmo sambabook, aliás, a compilação extraiu o registro de Faixa amarela (Zeca Pagodinho, Jessé Pai, Luis Carlos e Beto Gato, 1997) com Martinho da Vila e a (bela) gravação de Lama nas ruas (Almir Guineto e Zeca Pagodinho, 1986), feita por Beth Carvalho no tributo a Zeca.
Coletânea lixo! Graças a Deus tenho esse registro da Rainha Beth.
Thiaguinho e Dilsinho? Oi? O que estão fazendo ai?
Acho que Mariene, Zeca, Beth, Maria Rita, Diogo Nogueira e Martinho, mais que nunca merecem estar nessa coletânea por fazerem parte do verdadeiro samba brasileiro, não Dilsinho, Thiaguinho e Mumuzinho...
Postar um comentário