Título: EGBE
Artista: Nasi
Gravadora: Deck / Coleção Canal Brasil
Cotação: * * * *
♪ Nasi está salvo dos perigos da selva urbana. Com fé no rock e nos orixás das religiões e cultos afro-brasileiros, o paulistano Marcos Valadão Rodolfo mostra aos 53 anos que ainda tem pegada no CD e DVD EGBE. Neste projeto, Nasi apresenta duas inéditas - Alma noturna (Nasi, Kiko Dinucci e Johnny Boy) e Egbe Oniri (Nasi, Johnny Boy e King), música que dá nome à gravação feita no Audio Arena e que foi composta com base em cântico yorubá de louvor ao orixá Egbe - e revisita música menos conhecida do repertório de seu reativado grupo Ira!, Rubro Zorro (Nasi, Edgard Scandurra, Ricardo Gaspa e André Jung), lançada pela banda paulistana no álbum Psicoacústica (WEA, 1988), além de reviver com reverência (e um berimbau) um tema da safra inicial de Alceu Valença, Sol e chuva, lançado em 1976 pelo cantor e compositor pernambucano. Contudo, em essência, EGBE rebobina com energia o repertório do último álbum de estúdio de Nasi, Perigoso (Coqueiro Verde Records, 2012), disco cru em que o artista transitou por rock, country, blues e soul. Das 13 músicas de EGBE, oito vem do repertório de Perigoso, inclusive a abordagem eletrizante de Dois animais perdidos na selva suja das ruas, rock de Taiguara (1945 - 1996) lançado em disco por Erasmo Carlos em 1971. A voz de Nasi pode já estar dando sinais de cansaço em shows, mas soa cheia de vida e energia em EGBE, parecendo mais forte do que realmente é. O rock Ori e o country-rock Amuleto - duas parcerias de Nasi com Johnny Boy lançadas no disco Perigoso - expõem a devoção do artista aos signos dos cultos afro-brasileiros. Já Feitiço da Rua 23 (Nasi e Nivaldo Campopiano) reza pela cartilha do blues. Aliás, a música-título do CD de 2012, Perigoso (Nasi e Johnny Boy), se aproxima do universo rural do norte-americano bluegrass - o que justifica a presença inusitada do cantor e músico paulista Renato Teixeira (voz e violão) e de seu filho, Chico Teixeira (violão de 12 cordas), convidados do número. Gravado ao vivo no estúdio montado no estádio Morumbi, mas sem plateia, EGBE mostra que Nasi vem conseguindo sobreviver aos perigos da selva suja das ruas. Axé!
3 comentários:
♪ Nasi está salvo dos perigos da selva urbana. Com fé no rock e nos orixás das religiões e cultos afro-brasileiros, o paulistano Marcos Valadão Rodolfo mostra aos 53 anos que ainda tem pegada no CD e DVD EGBE. Neste projeto, Nasi apresenta duas inéditas - Alma noturna (Nasi, Kiko Dinucci e Johnny Boy) e Egbe Oniri (Nasi, Johnny Boy e King), música que dá nome à gravação feita no Audio Arena e que foi composta com base em cântico yorubá de louvor ao orixá Egbe - e revisita música menos conhecida do repertório de seu reativado grupo Ira!, Rubro Zorro (Nasi, Edgard Scandurra, Ricardo Gaspa e André Jung), lançada pela banda paulistana no álbum Psicoacústica (WEA, 1988), além de reviver com reverência (e um berimbau) um tema da safra inicial de Alceu Valença, Sol e chuva, lançado em 1976 pelo cantor e compositor pernambucano. Contudo, em essência, EGBE rebobina com energia o repertório do último álbum de estúdio de Nasi, Perigoso (Coqueiro Verde Records, 2012), disco cru em que o artista transitou por rock, country, blues e soul. Das 13 músicas de EGBE, oito vem do repertório de Perigoso, inclusive a abordagem eletrizante de Dois animais perdidos na selva suja das ruas, rock de Taiguara (1945 - 1996) lançado em disco por Erasmo Carlos em 1971. A voz de Nasi pode já estar dando sinais de cansaço em shows, mas soa cheia de vida e energia em EGBE, parecendo mais forte do que realmente é. O rock Ori e o country-rock Amuleto - duas parcerias de Nasi com Johnny Boy lançadas no disco Perigoso - expõem a devoção do artista aos signos dos cultos afro-brasileiros. Já Feitiço da Rua 23 (Nasi e Nivaldo Campopiano) reza pela cartilha do blues. Aliás, a música-título do CD de 2012, Perigoso (Nasi e Johnny Boy), se aproxima do universo rural do norte-americano bluegrass - o que justifica a presença inusitada do cantor e músico paulista Renato Teixeira (voz e violão) e de seu filho, Chico Teixeira (violão de 12 cordas), convidados do número. Gravado ao vivo no estúdio montado no estádio Morumbi, mas sem plateia, EGBE mostra que Nasi vem conseguindo sobreviver aos perigos da selva suja das ruas. Axé!
Capa bem mal feita, viu???
Só acredito na cotação porque foi você quem escreveu Mauro... ultimamente o Nasi tá cantando muito mal.
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