♪ Um dos maiores talentos da atual cena musical de Minas Gerais, o violonista, compositor e produtor musical mineiro Thiago Delegado virou parceiro de seu conterrâneo Márcio Borges, um dos principais compositores do Clube da Esquina, parceiro de Milton Nascimento em vários sucessos do movimento pop mineiro que conquistou o Brasil na década de 1970. A primeira parceria de Delegado e Borges, Quem vai pagar o que não tem preço?, foi inspirada pela tragédia de Mariana (MG), cidade do interior mineiro invadida em 5 de novembro de 2015 por lama e dejetos que avançaram por seus distritos e pelo Rio Doce por conta do rompimento de duas barragens da mineradora Samarco. Ao ler em 11 de novembro de um comentário de Borges ("Quem vai pagar o que não tem preço?") sobre o desastre ecológico, Delegado se inspirou e resolveu compor uma melodia, enviada a Borges com a cara e a coragem. Dois dias após ter recebido a melodia, Borges a devolveu a Delegado já com letra. Na última terça-feira, 17 de novembro de 2015, Delegado gravou a música no estúdio Liquidificador - mantido por Marcos Frederico em Belo Horizonte (MG) - com voz e violão inspirador. Na sequência, Delegado fez o clipe da música com imagens extraídas do YouTube e da web. O vídeo pode ser visto na página oficial do artista no Facebook. Eis a letra de Quem vai pagar o que não tem preço?, a primeira parceria de Thiago Delegado e Márcio Borges:
Quem vai pagar o que não tem preço?
(Thiago Delegado e Marcio Borges)
Quem vai dizer fim da esperança
Essa herança irracional
Que outros filhos terão?
Lama letal
Lamaçal
Água da gente beber
O dragão
Arrastou na lama
Quem vai pagar tão imenso mal?
Matou o rio afinal
O que era doce acabou
Antes da lama tocar meu blue
O verde vale era azul azul blue
A plantação queria dar
O peixe só queria
Nadar
E eu também
Ser alguém feliz então
Cantar
Mas quem vai pagar o que não tem preço
Me devolver o que não tem mais?
Quem vai virar o que está ao avesso?
Quem vai salvar o meu blue?
(Thiago Delegado e Marcio Borges)
Quem vai dizer fim da esperança
Essa herança irracional
Que outros filhos terão?
Lama letal
Lamaçal
Água da gente beber
O dragão
Arrastou na lama
Quem vai pagar tão imenso mal?
Matou o rio afinal
O que era doce acabou
Antes da lama tocar meu blue
O verde vale era azul azul blue
A plantação queria dar
O peixe só queria
Nadar
E eu também
Ser alguém feliz então
Cantar
Mas quem vai pagar o que não tem preço
Me devolver o que não tem mais?
Quem vai virar o que está ao avesso?
Quem vai salvar o meu blue?
4 comentários:
♪ Um dos maiores talentos da atual cena musical de Minas Gerais, o violonista, compositor e produtor musical mineiro Thiago Delegado virou parceiro de seu conterrâneo Márcio Borges, um dos principais compositores do Clube da Esquina, parceiro de Milton Nascimento em vários sucessos do movimento pop mineiro que conquistou o Brasil na década de 1970. A primeira parceria de Delegado e Borges, Quem vai pagar o que não tem preço?, foi inspirada pela tragédia de Mariana (MG), cidade do interior mineiro invadida em 5 de novembro de 2015 por lama e dejetos que avançaram por seus distritos e pelo Rio Doce por conta do rompimento de duas barragens da mineradora Samarco. Ao ler em 11 de novembro de um comentário de Borges ("Quem vai pagar o que não tem preço?") sobre o desastre ecológico, Delegado se inspirou e resolveu compor uma melodia, enviada a Borges com a cara e a coragem. Dois dias após ter recebido a melodia, Borges a devolveu a Delegado já com letra. Na última terça-feira, 17 de novembro de 2015, Delegado gravou a música no estúdio Liquidificador - mantido por Marcos Frederico em Belo Horizonte (MG) - com voz e violão inspirador. Na sequência, Delegado fez o clipe da música com imagens extraídas do YouTube e da web. O vídeo pode ser visto na página oficial do artista no Facebook. Eis a letra de Quem vai pagar o que não tem preço?, a primeira parceria de Thiago Delegado e Márcio Borges:
Quem vai pagar o que não tem preço?
(Thiago Delegado e Marcio Borges)
Quem vai dizer fim da esperança?
Essa herança irracional
Que outros filhos terão
Lama letal
Lamaçal
Água da gente beber
O dragão
Arrastou na lama
Quem vai pagar tão imenso mal
Matou o rio afinal
O que era doce acabou
Antes da lama tocar meu blue
O verde vale era azul azul blue
A plantação queria dar
O peixe só queria
Nadar
E eu também
Ser alguém feliz então
Cantar
Mas quem vai pagar o que não tem preço?
Me devolver o que não tem mais?
Quem vai virar o que está ao avesso?
Quem vai salvar o meu blue?
Pra quem ouviu as belezas do Rio doce por Beto Guedes e Joyce Moreno, agora resta questionar as ganas do poder e do "progresso"... Já temnos a nossa Rosa de Hiroshima!
a letra é muito bonita, fala da tragédia com poesia mas na boa acho que rola uma vontade de aparecer na mídia com essas músicas feitas em cima do lance
Letra bonita. Se o Thiago ficar mais popular por causa dela, é quase certo que não voltará mais a tocar nesses assuntos. Um assessor aqui, um patrocinador ali e... panz: silêncio diplomático. Os artistas da música do Brasil estão ficando insuportáveis com essa descoberta da precaução e da ponderação...
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