sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Sandra Duailibe veste azul para dar voz a 13 músicas de Nonato Buzar em CD

Talvez seja mera coincidência, mas Sandra Duailibe veste azul na foto da capa e em boa parte das imagens do encarte do CD independente em que canta a obra de Nonato Buzar (Itapecurú, MA, 1932 - Rio de Janeiro, RJ, 2014) com produção de Zé Américo Bastos. De todo modo, Vesti azul (1967) - um dos títulos mais conhecidos do cancioneiro de Buzar - integra o repertório do disco em que a cantora maranhense dá voz a 13 músicas do compositor também maranhense. A gravação de Duailibe cita Sá Marina (Antonio Adolfo e Tibério Gaspar, 1968), sucesso do cantor carioca Wilson Simonal (1938 - 2000), intérprete de Vesti azul e de outros temas de Buzar. Compositor projetado na segunda metade dos anos 1960 e associado ao movimento musical rotulado como Pilantragem (do qual participou Simonal), Buzar era conterrâneo de Duailibe, mas somente conheceu a cantora na cidade do Rio de Janeiro (RJ), no fim de 2006, por intermédio de Zé Américo Bastos. Terceiro álbum solo da artista, gravado entre março e maio deste ano de 2015 em estúdios das cidades do Rio de Janeiro (RJ) e de São Luís do Maranhão (MA), o CD Sandra Duailibe canta Nonato Nuzar é fruto da empatia imediata entre cantora e compositor. Idealizado desde 2013 o disco tem faixa - a ciranda Céu vermelho - produzida por Henrique Duailibe, primo de Sandra, a convite de Zé Américo Bastos, arranjador de músicas como o bolero Olho d'água (Nonato Buzar e Paulinho Tapajós) - ode ao Maranhão -  e o samba-canção Casa branca (Nonato Buzar e Nelson Motta, 1971), tema da trilha sonora da novela Minha doce namorada (TV Globo, 1971). Aliás, Buzar - para quem não liga o nome do compositor à música - foi compositor de vários temas de novelas da primeira metade da década de 1970, sendo parceiro do carioca Paulinho Tapajós (1945 - 2013) em Irmãos Coragem (1970), música ouvida na abertura da novela homônima exibida pela TV Globo entre 1970 e 1971. A propósito, Irmãos Coragem abre o tributo de Duailibe em gravação feita sem o ardor de Jair Rodrigues (1939 - 2014), cantor paulista que gravou Irmãos Coragem a convite da TV Globo. Entre sucessos como os sambas Menininha do portão (Nonato Buzar e Paulinho Tapajós, 1969), lançado na voz suingante de Wilson Simonal, e Rio antigo (Chico Anísio e Nonato Buzar, 1979), insuperável no registro de contralto feito pela maranhense Alcione em 1979, Duailibe reapresenta joias como os sambas-canção Nos teus olhos (João Nogueira e Nonato Buzar, 1984) - lançada por João Nogueira (1941 - 2000) no álbum Pelas terras do Pau-Brasil (RCA-Victor, 1984) - e Namorada do sol (Nonato Buzar, 1997), ode à cidade de São Luís do Maranhão feita com bossa e lançada na voz da conterrânea Alcione. Sandra Duailibe também canta A feira (Nonato Buzar e Mônica Silveira, 1970), samba sincopado gravado por Dóris Monteiro e por Wilson das Neves além do próprio Nonato Buzar.

4 comentários:

  1. ♪ Talvez seja mera coincidência, mas a Sandra Duailibe veste azul na foto da capa e em boa parte das imagens do encarte do CD independente em que canta a obra de Nonato Buzar (Itapecurú, MA, 1932 - Rio de Janeiro, RJ, 2014) com produção de Zé Américo Bastos. De todo modo, Vesti azul (1967) - um dos títulos mais conhecidos do cancioneiro de Buzar - integra o repertório em que a cantora maranhense dá voz a 13 músicas do compositor também maranhense. A gravação de Duailibe cita Sá Marina (Antonio Adolfo e Tibério Gaspar, 1968), sucesso do cantor carioca Wilson Simonal (1938 - 2000), intérprete de Vesti azul. Compositor projetado na segunda metade da década de 1960 e logo associado ao movimento musical rotulado como Pilantragem (do qual participou Simonal), Buzar era conterrâneo de Duailibe, mas somente conheceu a cantora na cidade do Rio de Janeiro (RJ), no fim de 2006, por intermédio de Zé Américo Bastos. Terceiro álbum solo da artista, gravado entre março e maio deste ano de 2015 em estúdios das cidades do Rio de Janeiro (RJ) e de São Luís do Maranhão (MA), o CD Sandra Duailibe canta Nonato Nuzar é fruto da empatia imediata entre cantora e compositor. Buzar - para quem não liga o nome do compositor à música - é parceiro do carioca Paulinho Tapajós (1945 - 2013) em Irmãos Coragem (1970), música ouvida na abertura da novela homônima exibida pela TV Globo entre 1970 e 1971. Irmãos Coragem abre o tributo de Duailibe em gravação feita sem o ardor de Jair Rodrigues (1939 - 2014), cantor paulista que gravou Irmãos Coragem a convite da TV Globo. Entre sucessos como Menininha do portão (Nonato Buzar e Paulinho Tapajós, 1969) e Rio antigo (Chico Anísio e Nonato Buzar, 1979), insuperável no registro de contralto feito pela maranhense Alcione em 1979, Duailibe reapresenta joias como os sambas-canção Nos teus olhos (João Nogueira e Nonato Buzar, 1984) - lançada por João Nogueira (1941 - 2000) no álbum Pelas terras do Pau-Brasil (RCA-Victor, 1984) - e Namorada do sol (Nonato Buzar, 1997), ode à cidade de São Luís do Maranhão lançada na voz da conterrânea Alcione. Duailibe também canta A feira (Nonato Buzar e Mônica Silveira, 1970), samba sincopado gravado por Dóris Monteiro e por Wilson das Neves além do próprio Nonato Buzar.

    ResponderExcluir
  2. Ganhei o disco da própria Sandra, e o mesmo é uma justa e bela homenagem ao poeta e grandioso Nonato Buzar.

    ResponderExcluir
  3. Irmãos Coragem é mesmo do Jair, ninguém tasca

    ResponderExcluir
  4. Não é mera coincidencia não. O azul está presente em tudo. No vestuário, no encarte, no cenário, na plátéia, no site (www.sandraduailibe.com.br), enfim, na concepção. O álbum está belo, a voz de Sandra entra e fica na nossa alma. Bom demais!

    ResponderExcluir

Este é um espaço democrático para a emissão de opiniões, sobretudo as divergentes. Contudo, qualquer comentário feito com agressividade ou ofensas - dirigidas a mim, aos artistas ou aos leitores do blog - será recusado. Grato pela participação, Mauro Ferreira

P.S.: Para comentar, é preciso ter um gmail ou qualquer outra conta do google.

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.