quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

STJ proíbe gravadora de comercializar três álbuns seminais de João Gilberto

Ao comprar e encampar a gravadora EMI Music em 2013, a Universal Music adquiriu também o ônus da briga judicial que João Gilberto travava com a companhia fonográfica inglesa desde 1992. Pendenga que chegou ao fim hoje, 3 de dezembro de 2015, com a decisão irrevogável do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de proibir a comercialização pela Universal Music / EMI dos seminais três primeiros álbuns do cantor, compositor e violonista baiano. Chega de saudade (1959), O amor, o sorriso e a flor (1960) e João Gilberto (1961) não poderão mais ser vendidos pela Universal / EMI em nenhum formato. Se as matrizes destes discos fundamentais ficarem em posse de João, caberá aos representantes legais do artista negociarem reedições de acordo com os padrões técnicos exigidos pelo dono da obra. O STJ determinou também que João Gilberto receba indenização por danos morais por conta da edição, feita à revelia do cantor, da coletânea O Mito. Posta nas lojas nos formatos de LP (em 1988) e CD (1992), a compilação embaralhou os fonogramas desses três álbuns iniciais de João e ainda reeditou gravações avulsas de compactos e trilhas sonoras de filmes.

18 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Nós, ouvintes e amantes da boa música, é que perdemos, na verdade. Chatice grande do João Gilberto! Putz...

    ResponderExcluir
  3. Realmente João Gilberto é um mala de marca maior... Os amantes da boa música é que perdem com isso...

    ResponderExcluir
  4. Meu amor se até no Box recente da Rita o João Gilberto causou, imagine com os seus próprios discos. No Box da Rita, o CD de 1982 não tem a faixa "Brasil com S", lançada originalmente da época, a faixa foi simplesmente excluída por questões autorais...eu achei isso o FIM!!!!

    ResponderExcluir
  5. É triste não termos acesso a essas edições, pois perdemos a chance de reedições com ganhos no som e talvez faixas bônus. Por outro lado, gostei do fato de que a justiça pode sim interferir na questão dos direitos autorais e sobre a posse dos fonogramas. Com tanta coisa guardada (e nunca lançada) nos arquivos das gravadas multi, não era hora de questionarmos na justiça o acesso a esses materiais?

    ResponderExcluir
  6. Mala ou não, João Gilberto é o maior artista vivo do Brasil (e um dos maiores de todos os tempos do país) e tem todo o direito de brigar pelo respeito a suas gravações e a suas escolhas como músico e cantor, das quais nunca abriu mão em nenhum momento de sua carreira.

    ResponderExcluir
  7. Eu também gosto dos trabalhos do João,principalmente os da Odeon.
    Mas o que adianta ser um grande artista, se ninguém tem acesso à sua obra ???? É pra refletir....

    ResponderExcluir
  8. ...não o vejo como maior artista brasileiro vivo nao! Acho o mesmo um chato de marca maior...me cansa ouvi-lo! E bem, tomara que pirateiem muitooooo esta coetanea "o mito" ! Kkkk....

    ResponderExcluir
  9. Comprei o CD "O Mito" na época do lançamento e ouço até hoje.
    Pra mim, bastava que ele simplesmente lançasse os discos com o som e da forma que quisesse depois, como muitos artistas fazem.
    João, pra mim, é o melhor cantor do mundo e espero que os discos saiam logo, pois parece que já foram remasterizados por João.

    ResponderExcluir
  10. João Gilberto é muito bom mas daí ser considerado de o maior artista vivo do Brasil tá muito mas muito distante mesmo

    ResponderExcluir
  11. João Gilberto é (ou foi) um grande artista. Maior artista vivo do Brasil?! Bem, ele é um homem vivo, um artista "morto" (não se apresenta, não grava, não disponibiliza a própria obra), com uma obra imortal. rsrs

    ResponderExcluir
  12. É muito curioso o tamanho orgulho com que muitas pessoas usam a internet para demonstrar a sua própria ignorância!
    João Gilberto é um artists genial! Nem mais e nem menos! Não fosse isso, não teria cacife para enfrentar esse gigante que é a Universal / Emi!

    ResponderExcluir
  13. Concordo com Dona Emengarda. Ninguém é obrigado a gostar de João Gilberto, porém ostentar orgulho pela própria ignorância já é demais. Reflete o comportamento de uma parte do Brasil que sofre da ignorância desejada, o que chega a ser triste.
    Ficar repetindo que João Gilberto é chato virou um um chavão e tem gente que não consegue se expressar além dos chavões. Basta ouvir o nome João Gilberto que já faz logo a associação infantilóide João = chato (só falta dizer na sequência, gugu dadá).
    A música brasileira não seria a mesma sem João. O Brasil deveria aprender a reverenciar seus talentos verdadeiros.
    Enquanto o mundo inteiro reverencia João, no Brasil alguns se orgulham em desprezá-lo.
    PS: Por alguns comentários postados, parece que a gravadora é quem está correta em juntar 3 álbuns em um cd, embaralhar todas as faixas e ainda juntar trechos de 2 músicas em 1 faixa. Sim, eu tenho e ouço o cd O Mito. Fazer o que, se a gravadora nunca se dignou a lançar os álbuns originais?

    ResponderExcluir
  14. Não tenho muito romantismo com João nem com a Bossa Nova, não (e tenho sérias ressalvas com a coisa do "a bossa nova inventou o Brasil". Vaia de bêbado vale sim. Mas se eu sou ele, ah, rapaz.. iria atrás desses R$200 mi com a teimosia mais sofisticada que pudesse existir. E é maravilhosamente produtivo que as gravadoras saibam -- ainda que tardiamente, porque parecem estar acabando -- que não se mexe em obras artísticas sem a devida reverência.

    ResponderExcluir

  15. O papo aqui é música, mas desafio quem quer que seja a relacionar algum artista vivo brasileiro que tenha feito, em sua seara, mais do que João Gilberto fez em/pela música no Brasil e no mundo.

    ResponderExcluir
  16. 'Márcio', não viaja! Aqui ninguém esta desafiando ninguém, a questão é a disponibilidade da Obra do artista, e nisso o João é cri-cri...

    O que adianta ser um grande artista, se ninguém tem acesso à sua obra ????
    É pra refletir....

    ResponderExcluir

  17. A facilidade de acesso à obra de um artista está diretamente relacionada ao interesse que se tem em conhecê-la. Exemplo: tenho em CD toda a discografia de João Gilberto - tudo o que ele lançou oficialmente nessa mídia, contando seus discos solo e participações em discos de outros artistas e trilhas sonoras. O que não consegui encontrar em lojas brasileiras eu comprei em sebos ou lojas de outros países.

    Além dessas possibilidades, encontram-se para download gratuito na internet todas as músicas desses CDs. Isso requer algum esforço, mas não é tarefa impossível.

    João Gilberto sempre prezou pela qualidade de sua obra, e não somente durante a gravação dos discos. Não foi o único a fazê-lo: Egberto Gismonti na música e Stanley Kubrick no cinema são outros dois artistas que, a ter seus trabalhos divulgados de maneira inadequada, chegaram até a proibir sua comercialização em alguns países.

    Lutar pela divulgação de sua obra da maneira como ela foi concebida é ser cri-cri? É pra refletir ...

    ResponderExcluir

Este é um espaço democrático para a emissão de opiniões, sobretudo as divergentes. Contudo, qualquer comentário feito com agressividade ou ofensas - dirigidas a mim, aos artistas ou aos leitores do blog - será recusado. Grato pela participação, Mauro Ferreira

P.S.: Para comentar, é preciso ter um gmail ou qualquer outra conta do google.

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.