sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Lista de músicas mais tocadas nas rádios em 2015 espelha nicho do veículo

EDITORIAL - A divulgação da lista das 100 músicas mais tocadas nas rádios do Brasil ao longo de 2015 tem provocado indignação e chororô em redes sociais neste primeira semana de 2016 sem levar em conta que a lista - elaborada pelo instituto Crowley - reflete o gosto do ouvinte do rádio. E, sobretudo, sem  levar em conta que o rádio atualmente disputa espaço com o YouTube e com plataformas digitais como Spotify na propagação da música, atuando em nicho bem específico da indústria da música, sem a força e a importância de tempos idos. Artistas ligados ao já genérico rótulo sertanejo (Bruno & Marrone, Eduardo Costa, Henrique & Juliano, Luan Santana, Lucas Lucco) dominam a lista com 75% das músicas. Nomes ligados ao funk pop (Anitta, Ludmilla) e ao pagode (Alexandre Pires, Sorriso Maroto) também aparecem na lista sem desafiar o reinado sertanejo. Ou seja, o rádio veicula a trilha sonora do mainstream - em sintonia com a música escalada para tocar em programas populares da TV aberta - porque é nessa música que reside os (poucos) investimentos de marketing das gravadoras. Na lista, dominada por artistas brasileiros, somente o grupo norte-americano Maroon 5 representa o segmento de pop rock porque a banda de Adam Levine tem popularidade que alcança várias camadas e classes sociais. Não há artistas ligados ao gênero que se convencionou chamar de MPB - gênero já há anos posto à margem do mercado fonográfico brasileiro. É lógico que seria saudável que a trilha sonora do rádio brasileiro em 2015 tivesse sido mais democrática. Mas o que é preciso entender é que a indústria da música atua cada vez mais segmentada, em nichos. A lista das 100 músicas mais tocadas espelha tão somente o nicho mercadológico no qual o rádio atual no Brasil já há alguns anos. A ausência de ícones da MPB nesta lista reflete o distanciamento dos artistas deste gênero do chamado povão. Quem ouve rádio atualmente no Brasil não o liga na esperança de ouvir a nova música de Chico Buarque ou de Gal Costa. O que não impede que Gal tenha lançado música inédita - Quando você olha pra ela (Mallu Magalhães, 2015) - que chegou a tocar em rádios segmentadas. E, mesmo que não tivesse tocado, teria chegado - seja via YouTube, seja via Deezer - aos ouvidos de quem se interessa por uma música nova de Gal Costa. O x do problema é que, por questões culturais e educativas, o povo brasileiro quer ouvir o que o rádio tem tocado porque a formação dessa (gigante) parcela da população nacional é menos sólida. A ponto de o rádio ainda ter para esse imenso estrato social uma importância que já não tem para quem ouve música em plataformas da web. Sim, é triste que o Brasil tenha se distanciado da melhor música produzida no país. Só que o conceito de melhor é também relativo. Para multidões, o melhor hoje é a música de Luan Santana. Escreve aí na agenda de resoluções para 2016: as elites culturais precisam tolerar o gosto musical da massa. Nem que seja em nome da liberdade de expressão dessa massa. Em bom português, em nome da democracia. O rádio não é o vilão da história. O vilão, se existe um, é o já longevo achatamento cultural de um povo que tem crescido sem sólidas bases educativas. O que reflete no gosto musical.

1. Escreve aí – Luan Santana
2. Suíte 14 – Henrique & Diego com MC Guimê
3. Mudando de assunto – Henrique & Juliano
4. 10 minutos longe de você - Victor & Leo com Henrique & Juliano
5. Agora – Bruno e Marrone
6. Sapequinha – Eduardo Costa
7. Aquele 1% – Marcos & Belutti e Wesley Safadão
8. Isso cê num conta – Bruno & Marrone
9. Farra, pinga e foguete – Bruno & Baretto
10. Vai vendo – Lucas Lucco
11. Bem feito – Thaeme e Thiago
12. Hoje eu tô terrível – Cristiano Araújo
13. Toca um João Mineiro e Marciano – Jads e Jadson
14. O defensor – Zezé Di Camargo & Luciano
15. Senha do celular – Henrique & Diego
16. Thinking out loud – Ed Sheeran
17. Os anjos cantam – Jorge e Mateus
18. Quando Deus quer – Lucas Lucco
19. Que sorte a nossa – Matheus & Kauan
20. Você mente – Zé Felipe
21. Coração cansou – Michel Teló
22. Um degrau na escada – Leonardo e Eduardo Costa
23. Amiga linda – João Bosco & Vinícius
24. Previsão do tempo – Fernando & Sorocaba
25. Poeira da lua – Marcos & Belutti
26. Presto pouco – João Neto & Frederico
27. Cuida bem dela – Henrique & Juliano
28. Me leva pra casa – João Bosco & Vinícius e Zezé Di Camargo & Luciano
29. Como eu chorei – Leonardo e Eduardo Costa
30. Nocaute – Jorge & Mateus
31. Love me like you do – Ellie Goulding
32. Tempo de amor – Victor & Leo
33. Chuva de arroz – Luan Santana
34. É claro que eu tô – João Neto & Frederico
35. Se quer ir então vai – Munhoz & Mariano
36. Então foge – Marcos & Belutti
37. Eu ligo pra você – Zé Neto & Cristiano
38. O que acontece na balada – Thaeme & Tiago
39. Ela sabe ser sexy – Bruninho & Davi
40. Sugar – Maroon 5
41. Rude – Magic!
42. Você e eu – Zé Felipe
43. Uptown funk – Mark Ronson e Bruno Mars
44. Você não me conhece – Gusttavo Lima
45. I’m not the only one – Sam Smith
46. Bobeia pra ver – Fernando & Sorocaba
47. Fora de área – Fred & Gustavo
48. Vem cá moça – George Henrique & Rodrigo
49. Na hora da raiva – Henrique & Juliano
50. Made in roça - Loubet
51. Caminhonete inteira – Conrado & Aleksandro
52. Deixa ele sofrer – Anitta
53. Ex-apaixonado – Israel & Rodolfo
54. Que mal eu te fiz? – Gusttavo Lima
55. 1 metro e 65 – Sorriso Maroto
56. Seu bombeiro – Munhoz & Mariano
57. Não quero mais – Ludmilla e Belo
58. Barraqueira – Alexandre Pires
59. Amo você – Jads e Jadson
60. Feinho – Edson & Vinicius
61. Tá quente – Michel Teló
62. Fico com você – Bruninho & Davi
63. Te amo – Zé Neto & Cristiano
64. Noite fracassada – Jads e Jadson
65. Eu quero é rolo – Bruno & Barreto
66. Pegando lágrimas – Paula Fernandes com Chitãozinho & Xororó
67. Imagina com as amigas – Bruninho & Davi
68. Chorando mamado – Conrado & Alexsandro
69. Eu não merecia isso – Luan Santana
70. Ritmo perfeito - Anitta
71. 99 % – Fiduma & Jeca com Munhoz & Mariano
72. Sonho – Cleber e Cauan
73. Am I wong – Nico e VInz
74. Mais amor e menos saudade – Ricardo Barbosa
75. Blame – Calvin Harris
76. Homem chora sim – Edy Britto & Samuel com Gusttavo Lima
77. See you again – Wiz Khalifa
78. Hoje - Ludmilla
79. Meu violão e nosso cachorro – Simone e Simaria
80. É com ela que estou – Cristiano Araújo
81. All about that bass – Meghan Trainor
82. Dia 10 – Fernando & Sorocaba
83. Solteiro sim – Humberto & Ronaldo
84. Surpresa de amor – Turma do Pagode
85. No meu talento - Anitta
86. Flores em vida – Zezé Di Camargo & Luciano
87. Implorando pra trair – Michel Teló e Gusttavo Lima
88. Camarote – Wesley Safadão
89. Ponto fraco – João Bosco & Vinícius
90. Lua de mel – Sorriso Maroto
91. Lunático – Thiago & Graciano
92. Hey, mundo! - Thiaguinho
93. Happy – Pharrell Williams
94. Posso ser - Lexa
95. Bang - Anitta
96. A paz desse amor – Paula Fernandes
97. Blank space – Taylor Swift
98. A dama da noite – Fred & Gustavo
99. Recém abandonado – Carreiro & Capataz

100. Sentimento louco – Marilia Mendonça

25 comentários:

  1. ♪ EDITORIAL - A divulgação da lista das 100 músicas mais tocadas nas rádios do Brasil ao longo de 2015 tem provocado indignação e chororô em redes sociais neste primeira semana de 2016 sem levar em conta que a lista - elaborada pelo instituto Crowley - reflete o gosto do ouvinte do rádio. E, sobretudo, sem levar em conta que o rádio atualmente disputa espaço com o YouTube e com plataformas digitais como Spotify na propagação da música, atuando em nicho específico da indústria da música, sem a força e a importância de tempos idos. Artistas ligados ao já genérico rótulo sertanejo (Bruno & Marrone, Eduardo Costa, Henrique & Juliano, Luan Santana, Lucas Lucco) dominam a lista com 75% das músicas. Nomes ligados ao funk pop (Anitta, Ludmilla) e ao pagode (Alexandre Pires, Sorriso Maroto) também aparecem na lista sem desafiar o reinado sertanejo. Ou seja, o rádio veicula a trilha sonora do mainstream - em sintonia com a música escalada para tocar em programas populares da TV aberta - porque é nessa música que reside os (poucos) investimentos de marketing das gravadoras. Na lista, dominada por artistas brasileiros, somente o grupo norte-americano Maroon 5 representa o segmento de pop rock porque a banda de Adam Levine tem popularidade que alcança várias camadas e classes sociais. Não há artistas ligados ao gênero que se convencionou chamar de MPB - gênero já há anos posto à margem do mercado fonográfico brasileiro. É lógico que seria saudável que a trilha sonora do rádio brasileiro em 2015 tivesse sido mais democrática. Mas o que é preciso entender é que a indústria da música atua cada vez mais segmentada, em nichos. A lista das 100 músicas mais tocadas espelha tão somente o nicho mercadológico no qual o rádio atual no Brasil já há alguns anos. A ausência de ícones da MPB nesta lista reflete o distanciamento dos artistas deste gênero do chamado povão. Quem ouve rádio atualmente no Brasil não o liga na esperança de ouvir a nova música de Chico Buarque ou de Gal Costa. O que não impede que Gal tenha lançado música - Quando você olha pra ela (Mallu Magalhães, 2015) - que chegou a tocar em rádios segmentadas. E, mesmo que não tivesse tocado, teria chegado - seja via YouTube, seja via Deezer - aos ouvidos de quem se interessa por uma música nova de Gal Costa. O x do problema é que, por questões culturais e educativas, o povo brasileiro quer ouvir o que o rádio tem tocado porque a formação dessa (gigante) parcela da população nacional é menos sólida. A ponto de o rádio ainda ter para esse imenso estrato social uma importância que já não tem para quem ouve música em plataformas da web. Sim, é triste que o Brasil tenha se distanciado da melhor música produzida no país. Só que o conceito de melhor é também relativo. Para multidões, o melhor hoje é a música de Luan Santana. Escreve aí na agenda de resoluções para 2016: as elites culturais precisam tolerar o gosto musical da massa. Nem que seja em nome da liberdade de expressão dessa massa. Em bom português, em nome da democracia. O rádio não é o vilão da história. O vilão, se existe um, é o já longevo achatamento cultural de um povo que tem crescido sem sólidas bases educativas. O que reflete no gosto musical.

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  2. Não sei se tem a ver com formação, Mauro. Minha mãe só fez a primeira música e se emociona ao ouvir "João e Maria", de Sivuca e Chico. Meu pai, também com escolaridade mínima, adora quando ponho Luiz Gonzaga pra tocar. E eu, que tenho diploma de curso superior, simplesmente não tenho paciência para essa nova MPB "chicocesariana", "zecabaleriana" e "emicidista" que tomou conta de rádios como a MPB FM, JB FM, Eldorado FM (SP) e Cultura Brasil. A única dessa tura que ainda lança trabalhos interessantes é Adriana Calcanhotto.
    Faço parte de um nicho que prefere ouvir sobretudo música instrumental (predominantemente choro) e música popular pré-1964.

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  3. Muitos se perguntam por que a MPB não tem mais aquela penetração popular de tempos idos. Ora, trata-se de uma música que atualmente só fala de questões que interessam apenas a uma faixa de público que frequenta universidades brasileiras e redações de cadernos de cultura de jornais voltados para as classes A e B. Até os anos 90, a MPB não tinha medo de falar da política nacional mas, hoje em dia, com o país pegando fogo, não se vê mais um Bezerra da Silva, um Renato Russo metendo o dedo na ferida... Claro, estão todos em sua maioria comprometidos financeira ou ideologicamente.

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  4. Não concordo com a lista e contagem. E não também que a questão é só cultural/social.

    Primeiro porque a Crowley não conta todas as rádios e, por exemplo, chegou a Pernambuco em meados de 2015.

    Segundo porque contam algumas rádios online, e é nelas que mora o perigo. O que impede de eu abrir uma rádio dessas, tocar os artistas do meu escritório no repeat e não divulgar o link pro público?

    Há um claro erro nessa lista em comparação à contagem americana, por exemplo. O famoso ranking dos EUA conta: execução, stream de música, stream de vídeo e AUDIÊNCIA na hora da execução da música.
    SÓ deve ser levada a sério um ranking desses quando, no mínimo, contar a audiência da música. Ou a contagem a ser feita por uma conceituada empresa/revista e não algo que ninguém ouviu falar, não sabe se é regulada e que pode ser comprada.

    No mais, pertinente a esse assunto, um texto do Tárik de Souza para a UOL dessa semana (chamado "Abaixo o tabu redutor que confina os mais pobres à música brega") explica muito melhor essa situação.

    Acho importante ressaltar que, apesar das discussões, não é uma disputa apenas cultural, como pode ter acontecido com o rock nos anos 80. Vai além.
    Hoje em dia é uma disputa financeira. Tem o interesse de 2 ou 3 escritórios no meio. São capazes de ninguém-sabe-o-quê por sua fortuna. Gravadora passa longe dessa discussão. Esses escritórios fazem milhões e milhões, são imensos, tem paredes de telas com dados ao vivo de controle de citação do nome de seus artistas e de execuções de suas músicas. É algo impressionante.

    Acho que os outros ritmos não se erguem sem um movimento unido, força, investimento e, claro, um ou outro deixar o ego de lado um pouco.

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  5. Retrato das rádios e gravadoras jabás em que se tenta vender um determinado segmento. Foi assim com o samba que não é samba (pseudo-pagode), o forró que não é forró (dito universitário!) e agora a volta de um sertanejo que em nada lembra a música de raiz.
    Felizmente são modismos! Vide os Tchans, SPC's, Calcinhas pretas e afins.
    Abs e por essas e outras que eu NUNCA mais ouvi rádio.

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  6. O gosto musical duvidoso não é somente restrito a quem não teve acesso à educação. Vide o gosto dos universtários (alguns tantos acadêmicos de Medicina ou Direito). Tanto que o sertanejo foi apelidado de universitário buscando esse nicho.
    Outra questão importante a ser levada em conta é a democaracia do acesso a informação... virais nascem todos os dias, a revelia da "grande mídia"!

    Gerson Pont

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  7. Eu quis dizer que a minha mãe só fez a primeira SÉRIE! Desculpe o equívoco na hora de escrever.

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  8. Penso que essas músicas são o reflexo da crise moral que vivemos na sociedade brasileira e também no mundo. Boa parte das letras e músicas são sofríveis. Salvam-se algumas exceções. Senti falta da Tie na lista. Abs Leandro Soares

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  9. O gosto do brasileiro vai de mal a pior mesmo... Triste realidade...

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  10. Penso que associar o gosto musical a elites culturais é um equívoco.

    A discussão é muito mais ampla e envolve o onipresente jabá, entre outros fatores que não permitem ser discutidos aqui no blog do Mauro, por que ocuparia um espaço muito grande.

    Mas no meu ponto de vista, não é uma questão tão simples assim, como me fez entender o texto.

    abração
    Denilson

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  11. A música brasileira que acreditamos ter qualidade trata das questões políticas sim. A propósito, continua tratando de todas as questões relativas a uma expressão artística. A diferença é que mudam os atores e todos têm direito a aposentar. Chico César e Fátima Guedes não me deixam mentir. Obrigado, Mauro, pela sua perspectiva.

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  12. Que vergonha! O povo consome aquilo que lhe é empurrado. Nisso a televisão aberta é mestre em mostrar o que há de pior no cenário musical.

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  13. gersonpont,
    são termos usados pra "gourmertizar" o gênero e atrair a classe A e B pra um ritmo que era popular na C. Caso contrário, não terão $$$$$ pra manter. Vide as letras e ostentações, e show de musica quem da roça saindo raio laser de tudo que lugar.

    Marcelo,
    Veja o texto que citei no meu comentário acima. É exatamente sobre isso que você falou aí.

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  14. A contagem da Crowley, que a Billboard Brasil divulga semanalmente precisa ser inovada como é feito atualmente no EUA, somando estes números das rádios com a internet (Youtube, Spotify, Apple Music, ...), porque as rádios atualmente estão tocando só para o grande público, nem sempre essas canções são de qualidades, artistas que estão começando ou que têm um público menor está simplesmente sendo excluído. Reserva 23h30 do dia para gênero musical, deixando 30min para outras canções. Conforme você disse Mauro, concordo, talvez o salvamento esteja nos ouvintes para pedir que toque outros artistas.

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  15. O maior erro é acreditar que essa lista traz, sozinha, um resultado do gosto musical brasileiro. É uma lista isolada e deveria ser alocada em um panorama que, como já foi mencionado, envolvesse a audiência das rádios e as "mais tocadas" dos players de internet -- também com a respectiva audiência. A conta é muito maior. Na equação ainda cabe o também mencionado financiamento das rádios por escritórios de agenciamento artístico e gravadoras. Não adianta, as rádios que não são públicas ou segmentadas tocam o que pagam pra tocar. Do contrário, nem se sustentam. Antes dessa análise (imensa) é injusto eleger a preferência musical "do brasileiro".

    Concordo que a MPB não ocupa lugar de importância, mas não acho justa a afirmação de que isso tem a ver com algum nivelamento cultural / social. O artigo do Tárik, citado pelo Victor, é essencial. Talvez exista um empenho menor do público para "descobrir" a música brasileira de qualidade (porque é preciso ir atrás, já que as rádios e as TVs não tocam). Não tenho visto nada de tão sofisticado ou inacessível sendo feito pela MPB. Bobagem julgar que o problema é uma suposta ignorância do público.

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  16. Vivo num mundo paralelo. Dessas todas acho que só ouvi a do Maroon 5....

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  17. Estamos vivendo tempos difíceis que só toca e faz sucesso músicas descartáveis. A mídia impõe esse tipo de música e a grande maioria do povo vai atrás. Aliás isso não é só no Brasil, é no mundo todo.

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  18. A via é de mão dupla. A massa também não tolera quem tem gosto musical diferente. Andar nas ruas é um maltrato aos ouvidos. Música ruim e religiosa (igualmente ruim) nas alturas. E eles não gostam de fones de ouvido. É uma ditadura! Flávio.

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  19. Na minha cidade a maioria tem diploma superior,mas são bobinhos que dói.Eu acho que gosto musical passa pelo nível cultural sim.As escolas não garantem cultura e educação a ninguém.Machado de Assis só tinha o primário.

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  20. Rafael Daher, tanto é verdade que a MPB atual não trata de questões políticas que o terceiro volume da coleção de Franklin Martins, "Quem foi que inventou o Brasil?", sobre música e política, para em 2002. Ou não se falou mais no assunto ou o próprio autor achou que não teria mais a isenção necessária para avaliar o panorama político pela ótica musical...

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  21. As "elites culturais" nem deveriam existir, na verdade nem existem.

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  22. Só uma correção na lista, o nome da musica do Leonardo e Eduardo costa que esta na 29° é "Como eu Chorei".

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