sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Sandra recorre a lado B da discografia para cair no suingue e na pista de hoje

Resenha de EP
Título: Lado B
Artista: Sandra de Sá
Gravadora: Sonora
Cotação: * * *

Há seis anos sem lançar disco gravado em estúdio, Sandra de Sá pode frustrar com Lado B os ouvintes que esperam alto teor de novidade desta cantora e compositora carioca que despontou na primeira metade da década de 1980 como a maior voz feminina do funk e do soul do Brasil. Disponível nas plataformas digitais a partir de hoje, 15 de janeiro de 2016, Lado B rebobina cinco músicas que passaram despercebidas na discografia da artista, apresenta uma composição inédita - Vou ficar (Sandra de Sá, Beto Coutinho e Edmon), baladão romântico como tantos outros gravados pela cantora na fase mais popular de carreira que já soma 36 anos - e joga Sandra na pista do pancadão funk de Freneticão (Sandra de Sá, Danny Sax e DJ Detonna, 2014), música lançada na web no ano retrasado que junta Sandra ao batidão do DJ Renato Detonna, em sintonia com o som dos bailes de hoje em dia. A propósito, o disco cumpre bem a função de atualizar o som de Sandra com o mercado comum da música popular. O samba Perdidamente apaixonada (Jorge Cardoso e Beto Correia, 1993)  lançado originalmente por Sandra no álbum D'Sá (BMG, 1993)  ganha a pegada mais pop pagodeira do Grupo Revelação. Música menor, eclipsada pelos sucessivos hits radiofônicos do álbum Sandra Sá (RCA, 1986), Usa e abusa (Sandra de Sá e Junior Mendes, 1986) joga a cantora na pista eletrônica com adesões de Buchecha e Dennis DJ. Já Lucky (Renato Rocket) - tema que batizou o álbum lançado pela cantora em 1991 - reaparece sem pegada realmente nova que justifique o revival da música cheia de desejo por mulheres. Do mesmo álbum Lucky! (BMG, 1991), a artista rebobina a balada Contrato assinado (Chico Roque e Paulo Sérgio Valle, 1989) - lançada em disco por Lady Zu dois anos da gravação de Sandra - em dueto lacrimoso com Thiaguinho. O acento soul da interpretação de Sandra e Thiaguinho incrementa balada em essência trivial, similar a outras gravadas pela cantora ao longo de sua passagem pela gravadora RCA / BMG-Ariola. O coro da faixa remete ao gospel. Já Quero ver você dançar (Don Sagga, 1982) cai no suingue samba-soul e entra na roda do rap com a adesão do grupo Melanina Carioca. Enfim, dama pioneira do baile, Sandra de Sá está novamente na pista com canto caloroso.

9 comentários:

  1. ♪ Há seis anos sem lançar disco gravado em estúdio, Sandra de Sá pode frustrar com Lado B os ouvintes que esperam alto teor de novidade desta cantora e compositora carioca que despontou na primeira metade da década de 1980 como a maior voz feminina do funk e do soul do Brasil. Disponível nas plataformas digitais a partir de hoje, 15 de janeiro de 2016, Lado B rebobina cinco músicas que passaram despercebidas na discografia da artista, apresenta uma composição inédita - Vou ficar (Sandra de Sá, Beto Coutinho e Edmon), baladão romântico como tantos outros gravados pela cantora na fase mais popular de carreira que já soma 36 anos - e joga Sandra na pista do pancadão funk de Freneticão (Sandra de Sá, Danny Sax e DJ Detonna, 2014), música lançada na web no ano passado que junta Sandra ao batidão do DJ Renato Detonna, em sintonia com o som dos bailes de hoje em dia. A propósito, o disco cumpre bem a função de atualizar o som de Sandra com o mercado comum da música popular. O samba Perdidamente apaixonada (Jorge Cardoso e Beto Correia, 1993) – lançado originalmente por Sandra no álbum D'Sá (BMG, 1993) – ganha a pegada mais pop pagodeira do Grupo Revelação. Música menor, eclipsada pelos sucessivos hits radiofônicos do álbum Sandra Sá (RCA, 1986), Usa e abusa (Sandra de Sá e Junior Mendes, 1986) joga a cantora na pista eletrônica com adesões de Buchecha e Dennis DJ. Já Lucky (Renato Rocket) - tema que batizou o álbum lançado pela cantora em 1991 - reaparece sem pegada realmente nova que justifique o revival da música cheia de desejo por mulheres. Do mesmo álbum Lucky! (BMG, 1991), a artista rebobina a balada Contrato assinado (Chico Roque e Paulo Sérgio Valle, 1989) - lançada em disco por Lady Zu dois anos da gravação de Sandra - em dueto lacrimoso com Thiaguinho. O acento soul da interpretação de Sandra e Thiaguinho incrementa balada em essência trivial, similar a outras gravadas pela cantora ao longo de sua passagem pela gravadora RCA / BMG-Ariola. O coro da faixa remete ao gospel. Já Quero ver você dançar (Don Sagga, 1982) cai no suingue samba-soul e entra na roda do rap com a adesão do grupo Melanina Carioca. Enfim, dama pioneira do baile, Sandra de Sá está novamente na pista com canto caloroso.

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  2. Estou curioso para ouvir o disco, mas acho que ela deveria ter gravado um álbum de inéditas... Mas parece que essa moda do lançamento digital veio pra ficar. O disco não terá um lançamento físico??? Tomara que tenha...

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  3. Acabo de ouvir o disco no Deezer... O achei fraquíssimo, péssimo mesmo... Participações que beiram o ridículo, vocais estranhos, nada soa bem neste trabalho... Em nada é memorável o trabalho feito aqui... O disco tem somente 7 faixas, mas para mim nem deveria ter sido lançado... Fica só no digital mesmo, ou se for lançado em formato físico, corre o sério risco de encalhar nas prateleiras...

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  4. Adoro a Sandra, mas espero que esse disco passe batido... Chega a ser uma vergonha alheia o mesmo...

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  5. Essa de regravar lados b dos lp's pegou erasmo, ivan, sandra. Hj mesmo irei ouvir o disco

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  6. Participação de Thiaguinho é pra passar, putz! Sai disso, Sandra!

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  7. A cantora que mais desperdiça oportunidades em sua carreira. Timbre bonito, boa voz e empresta seu talento a obras menores. Uma pena!

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  8. Salvam-se a releitura de Lucky e a nova: Vou Ficar... o resto: Joga fora no lixo!

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  9. Amo a Sandra. Mas, tanto tempo para isto??? Sandra tem talento e potencial para muito mais. Disco totalmente esquecível.

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