quarta-feira, 20 de abril de 2016

Caixa com quatro CDs flagra Zé Renato em fase de afirmação nos anos 1980

Resenha de caixa de CDs
Título: Zé Renato - Anos 80
Artista: Zé Renato
Gravadora: Discobertas
Cotação: * * *

Zé Renato sempre foi bom cantor. Tanto que o artista capixaba começou a trilhar o caminho da música, na segunda metade da década de 1970, como integrante dos grupos vocais Cantares e Boca Livre (com o qual ganhou projeção nacional em 1979). Contudo, Zé Renato teve que enfrentar os anos 1980, difíceis para cantores que se recusaram a rezar pela cartilha tecnopop da época. A caixa Zé Renato - Anos 80 - lançada pelo selo Discobertas para celebrar os 60 anos de vida do artista, festejados no dia 1º deste mês de abril de 2016 - flagra o cantor neste período de afirmação da carreira solo. A veia pop que salta na produção musical e nos arranjos criados por Maurício Maestro para o segundo álbum solo de Zé - o até então raro Luz e mistério (PolyGram, 1984), relançado juntamente com o antecessor Fonte da vida (PolyGram, 1982) na caixa produzida pelo pesquisador Marcelo Fróes - sinaliza que, mesmo sem baixar o nível do repertório como fizeram tantos colegas associados à MPB da década de 1970, o cantor também teve que se enquadrar momentaneamente no formato pop em vigor nos anos 1980. Contudo, gravações como as da lírica canção Estrela (Maurício Maestro, 1984) e do samba Fica melhor assim (Zé Renato e Xico Chaves, 1984) mostram que o universo musical do cantor era mesmo o da música brasileira e que o som de Zé não chegou a se lambuzar com os imponentes teclados da época. Zé Renato gravaria álbuns mais expressivos a partir da década de 1990, beneficiado pela maturação do canto. Contudo, a edição da caixa é mais do que oportuna porque as duas inéditas coletâneas com 24 gravações avulsas da discografia do cantor fazem a festa dos colecionadores de discos (clique aqui para saber detalhes dos repertórios das duas compilações produzidas para a caixa). Para júbilo destes colecionadores, os quatro textos bem fundamentados escritos por Maurício Gouvêa para contextualizar os discos e os respectivos repertórios na trajetória de Zé valorizam as reedições, sobretudo a de Fonte da vida, álbum já reeditado em CD em 2002, com critério e capricho, pela gravadora Universal Music. De todo modo, nos quatro discos há a fonte que alimenta a vida musical de Zé Renato há quase coerentes 40 anos e que jorraria sons mais límpidos a partir dos anos 1990.

6 comentários:

  1. ♪ Zé Renato sempre foi bom cantor. Tanto que o artista capixaba começou a trilhar o caminho da música, na segunda metade da década de 1970, como integrante dos grupos vocais Cantares e Boca Livre (com o qual ganhou projeção nacional em 1979). Contudo, Zé Renato teve que enfrentar os anos 1980, difíceis para cantores que se recusaram a rezar pela cartilha tecnopop da época. A caixa Zé Renato - Anos 80 - lançada pelo selo Discobertas para celebrar os 60 anos de vida do artista, festejados no dia 1º deste mês de abril de 2016 - flagra o cantor neste período de afirmação da carreira solo. A veia pop que salta na produção musical e nos arranjos criados por Maurício Maestro para o segundo álbum solo de Zé - o até então raro Luz e mistério (PolyGram, 1984), relançado juntamente com o antecessor Fonte da vida (PolyGram, 1982) na caixa produzida pelo pesquisador Marcelo Fróes - sinaliza que, mesmo sem baixar o nível do repertório como fizeram tantos colegas associados à MPB da década de 1970, o cantor também teve que se enquadrar momentaneamente no formato pop em vigor nos anos 1980. Contudo, gravações como as da lírica canção Estrela (Maurício Maestro, 1984) e do samba Fica melhor assim (Zé Renato e Xico Chaves, 1984) mostram que o universo musical do cantor era mesmo o da música brasileira e que o som de Zé não chegou a se lambuzar com os imponentes teclados da época. Zé Renato gravaria álbuns mais expressivos a partir da década de 1990, beneficiado pela maturação do canto. Contudo, a edição da caixa é mais do que oportuna porque as duas inéditas coletâneas com 24 gravações avulsas da discografia do cantor fazem a festa dos colecionadores de discos (clique aqui para saber detalhes dos repertórios das duas compilações produzidas para a caixa). Para júbilo destes colecionadores, os quatro textos bem fundamentados escritos por Maurício Gouvêa para contextualizar os discos e os respectivos repertórios na trajetória de Zé valorizam as reedições, sobretudo a de Fonte da vida, álbum já reeditado em CD em 2002, com critério e capricho, pela gravadora Universal Music. De todo modo, nos quatro discos há a fonte que alimenta a vida musical de Zé Renato há quase coerentes 40 anos e que jorraria sons mais límpidos a partir dos anos 1990.

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  2. Essa caixa é um deleite para os amantes de música. Assim que me sobrar uma grana, comprarei ela.

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  3. ...ainda acho q existem fonogramas mais interessantes a espera do mesmo tbm!

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  4. gosto mais de Zé Renato no Boca Livre e em alguns disco feitos depois dos anos 80

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