Mauro Ferreira no G1

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domingo, 24 de abril de 2016

Disco registra encontros de Arthur Dutra e Zé Nogueira entre Guinga e Jobim

"As teclas paralelas do vibrafone se encontram no infinito, onde haverá um saxofone esperando por elas. Nesse encontro, a música corrige a matemática". Estas palavras líricas de Guinga estão reproduzidas na contracapa interna do belo CD Encontros, primeiro álbum do duo formado pelo compositor e vibrafonista carioca Arthur Dutra com o saxofonista, arranjador e produtor musical (também) carioca Zé Nogueira. O cantor, compositor e músico Guinga versa poeticamente sobre o disco lançado neste mês de abril de 2016, em edição do selo MP,B Discos distribuída no mercado fonográfico via Som Livre. O contrabaixista Bruno Aguillar se juntou ao duo na gravação das 12 músicas de Encontros, álbum produzido pelos próprios Arthur Dutra e Zé Nogueira. Guinga - cuja voz é ouvida na recriação de uma das composições do artista, Lendas brasileiras (Guinga e Aldir Blanc, 1991) - também está representado no disco pela abordagem de Nó na garganta (Guinga, 1996) e é, de certa forma, responsável indireto pela formação do duo, pois Dutra e Nogueira se encontraram em 2009 quando o saxofonista procurava um vibrafonista para se juntar ao Zé Nogueira Quinteto no shows que promoviam o álbum Carta de pedra - A música de Guinga (MP,B Discos / Universal Music, 2008). Sete anos depois daquele encontro seminal, Dutra e Nogueira lançam o primeiro álbum com repertório que inclui dois temas de Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994) - Modinha (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1958) e Nuvens douradas (Antonio Carlos Jobim, 1973) - entre temas autorais como Carne de sol e Flor de lótus (Arthur Dutra, 2014), música regravada em Encontros com a voz do baixista Bruno Aguillar. Quatro músicas têm o subtítulo Encontro. São composições extraídas de série de dez temas compostos por Arthur Dutra entre 2012 e 2013, durante residência artística em Paris, França. As quatro músicas selecionadas para o álbum - Jogo de espelhos (Encontro IX), que abre o disco em gravação feita com a adição da percussão de Marcos Suzano; Samba dos outros (Encontro VII)Adorno na Praça Paris (Encontro IV) e, fechando o repertório, Infância das cores (Encontro V) - têm como inspiração o rico diálogo do vibrafone de Arthur Dutra com o saxofone de Zé Nogueira, mote do viajante álbum Encontros.

Um comentário:

Mauro Ferreira disse...

♪ "As teclas paralelas do vibrafone se encontram no infinito, onde haverá um saxofone esperando por elas. Nesse encontro, a música corrige a matemática". Estas palavras líricas de Guinga estão reproduzidas na contracapa interna do belo CD Encontros, primeiro álbum do duo formado pelo compositor e vibrafonista carioca Arthur Dutra com o saxofonista, arranjador e produtor musical (também) carioca Zé Nogueira. O cantor, compositor e músico Guinga versa poeticamente sobre o disco lançado neste mês de abril de 2016, em edição do selo MP,B Discos distribuída no mercado fonográfico via Som Livre. O contrabaixista Bruno Aguillar se juntou ao duo na gravação das 12 músicas de Encontros, álbum produzido pelos próprios Arthur Dutra e Zé Nogueira. Guinga - cuja voz é ouvida na recriação de uma das composições do artista, Lendas brasileiras (Guinga e Aldir Blanc, 1991) - também está representado no disco pela abordagem de Nó na garganta (Guinga, 1996) e é, de certa forma, responsável indireto pela formação do duo, pois Dutra e Nogueira se encontraram em 2009 quando o saxofonista procurava um vibrafonista para se juntar ao Zé Nogueira Quinteto no shows que promoviam o álbum Carta de pedra - A música de Guinga (MP,B Discos / Universal Music, 2008). Sete anos depois daquele encontro seminal, Dutra e Nogueira lançam o primeiro álbum com repertório que inclui dois temas de Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994) - Modinha (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1958) e Nuvens douradas (Antonio Carlos Jobim, 1973) - entre temas autorais como Carne de sol e Flor de lótus (Arthur Dutra, 2014), música regravada em Encontros com a voz do baixista Bruno Aguillar. Quatro músicas têm o subtítulo Encontro. São composições extraídas de série de dez temas compostos por Arthur Dutra entre 2012 e 2013, durante residência artística em Paris, França. As quatro músicas selecionadas para o álbum - Jogo de espelhos (Encontro IX), que abre o disco em gravação feita com a adição da percussão de Marcos Suzano; Samba dos outros (Encontro VII), Adorno na Praça Paris (Encontro IV) e, fechando o repertório, Infância das cores (Encontro V) - têm como inspiração o rico diálogo do vibrafone de Arthur Dutra com o saxofone de Zé Nogueira, mote do viajante álbum Encontros.