♪ EDITORIAL - As músicas de Lô Borges e de Samuel Rosa são dois afluentes do mesmo rio mineiro que desaguou na música brasileira no início da década de 1970. Dois rios - a segunda música que os dois compuseram juntos (no caso, com a adesão de Nando Reis), desenvolvendo parceria iniciada com a criação de A última guerra (Samuel Rosa, Lô Borges e Rodrigo Leão, 2000) - explicitou em 2003, em gravação feita para álbum do Skank, a afinidade que aflora plena na gravação ao vivo do show que une os dois cantores, compositores e músicos mineiros. Perpetuado no CD e no DVD Ao vivo no Cine Theatro Brasil, recém-lançados pela Sony Music, o show - na estrada desde 1999 e captado em agosto de 2015 (clique aqui para ler a resenha da gravação ao vivo) - entrelaça no roteiro sucessos do repertório do Clube da Esquina com hits do Skank. Apresentadas como clipes nos extras do DVD e como faixas-bônus no CD, as duas músicas inéditas gravadas pelos artistas para o projeto fonográfico - Dupla chama (composta por Lô com Chico Amaral, parceiro fiel de Samuel desde os primórdios do Skank) e Lampejo (mais uma daquelas canções certeiras feitas por Samuel com Nando Reis) - ilumina e reforça a fina sintonia entre a obra autoral de Lô e o cancioneiro de Samuel. Tal afinidade é alimentada, claro, pelo fato de ambos serem crias e criadores egressos de Belo Horizonte (MG), capital das Geraes. Não por acaso, aliás, o DVD também exibe nos extras o documentário BH e a música de Samuel e Lô. A geografia da música parece importar, pois o som perene do Clube da Esquina - fundado em Belo Horizonte - influenciou a geração de Samuel. E é fato que, em menor grau, o som da geração pop de Samuel também acabou influenciando, duas décadas depois, a obra de Lô. A ponto de os dois terem virados parceiros e estarem na estrada com show que revende os sucessos do Skank e do Clube da Esquina com a bandeira da bela amizade que uniu Lô e Samuel. Feita com "dois lados que deram as mãos", a feira de hits ainda é moderna.
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6 comentários:
Encontro musical imperdível! Muito bom mesmo!!!
Achei muito 'Frio' este trabalho, o Samuel Rosa não passa emoção alguma nas músicas. Ouvi muito o "Clube da Esquina" e quase sempre é de chegar aos prantos de tão lindo que é, na sua versão original.
Mesmo as regravações do Skank, do Lô Borges, do Beto Guedes ficaram muito apagadas.
E isso não é uma comparação ás gravações originais...até por que estas músicas foram muito regravadas por vários artistas e muitos, conseguiram resultados bem melhores.
As inéditas também são bem fraquinhas.
Mauro, "Dois Rios" é mesmo a primeira parceria de Samuel e Lô? E quanto à canção "A Última Guerra", lançada no disco "Maquinarama" em 2000?
Tem razão, Myage. Tinha me esquecido desta música. Grato pelo toque, abs, MauroF
Quero muito ver esse projeto
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