Mauro Ferreira no G1

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quarta-feira, 25 de maio de 2016

Joelma expia sofrência com trivialidade no tom tecnopopbrega de disco solo

Resenha de álbum
Título: Joelma
Artista: Joelma
Gravadora: Universal Music
Cotação: * * 

Como sinalizou o EP com quatro músicas lançado nas plataformas digitais em 24 de março deste ano de 2016, Joelma faz do trivial primeiro álbum solo um porta-voz dos sentimentos magoados da cantora paraense por conta da ruidosa separação do guitarrista Chimbinha, em 2015. Joelma - o álbum lançado em 29 de abril via Universal Music - bate na tecla da sofrência ao longo da maioria das 14 músicas do disco. As letras versam - com obviedade - sobre amor, dor e superação. Balada banal, formatada de acordo com o molde do cancioneiro brega da década de 1980, Tarde demais (Louro Santos e Waldecy Moreno) exemplifica o chororô que dá o tom do disco e expõe os limites vocais da cantora. Fica claro que Joelma está mandando recados para o ex-marido nas letras de músicas como Se vira aí (Cecília Nena e Zel Moreira), Chora não, coração (Marcibrom), Game over (Edilson Moreno e Glayse Dominguez) e A página virou (Abimael Gomes e Léo Gomes), sendo que as duas últimas têm ao menos um ritmo mais quente, condizente com a superação pregada nos versos. Musicalmente, o álbum Joelma patina em batida sonoridade tecnopopbrega, pautada pelos teclados de Povinho, arranjador e coprodutor do disco. Há, claro, ecos do som da Banda Calypso. Admiradores da sonoridade vivaz da Banda Calypso vão se identificar com a levada de Voando pro Pará (Valter Serraria, Isac Maraial, Chrystian Lima e Nik Oliveira), pálido painel turístico do Estado do Norte do Brasil. Cantada em espanhol, a estilizada rumba Pa'lante (César Lemos, Karla Aponte e Jorge L. Piloto) também exemplifica a animação presente na segunda metade do disco. É uma faixa direcionada ao mercado fonográfico formado pelos países de língua hispânica, assim como Te quiero (Gianko Gómez, Luiz Henrique Mejia e César Lemos), outra música cantada em espanhol. No fim, Tua face (Joelma) e a melodiosa canção O amor de Deus (Michael Sullivan e Carlos Colla) - gravada com adesões dos filhos de Joelma, Yago Mendes (violão) e Yasmin Mendes (voz) - cumprem a missão religiosa de fazer a pregação da artista evangélica. Mas nem o amor de Deus salva o CD...

7 comentários:

Mauro Ferreira disse...

♪ Como sinalizou o EP com quatro músicas lançado nas plataformas digitais em 24 de março deste ano de 2016, Joelma faz do trivial primeiro álbum solo um porta-voz dos sentimentos magoados da cantora paraense por conta da ruidosa separação do guitarrista Chimbinha, em 2015. Joelma - o álbum lançado em 29 de abril via Universal Music - bate na tecla da sofrência ao longo da maioria das 14 músicas do disco. As letras versam - com obviedade - sobre amor, dor e superação. Balada banal, formatada de acordo com o molde do cancioneiro brega da década de 1980, Tarde demais (Louro Santos e Waldecy Moreno) exemplifica o chororô que dá o tom do disco e expõe os limites vocais da cantora. Fica claro que Joelma está mandando recados para o ex-marido nas letras de músicas como Se vira aí (Cecília Nena e Zel Moreira), Chora não, coração (Marcibrom), Game over (Edilson Moreno e Glayse Dominguez) e A página virou (Abimael Gomes e Léo Gomes), sendo que as duas últimas têm ao menos um ritmo mais quente, condizente com a superação pregada nos versos. Musicalmente, o álbum Joelma patina em batida sonoridade tecnopopbrega, pautada pelos teclados de Povinho, arranjador e coprodutor do disco. Há, claro, ecos do som da Banda Calypso. Admiradores da sonoridade vivaz da Banda Calypso vão se identificar com a levada de Voando pro Pará (Valter Serraria, Isac Maraial, Chrystian Lima e Nik Oliveira), pálido painel turístico do Estado do Norte do Brasil. Cantada em espanhol, a estilizada rumba Pa'lante (César Lemos, Karla Aponte e Jorge L. Piloto) também exemplifica a animação presente na segunda metade do disco. É uma faixa direcionada ao mercado fonográfico formado pelos países de língua hispânica, assim como Te quiero (Gianko Gómez, Luiz Henrique Mejia e César Lemos), outra música cantada em espanhol. No fim, Tua face (Joelma) e a melodiosa canção O amor de Deus (Michael Sullivan e Carlos Colla) - gravada com adesões dos filhos de Joelma, Yago Mendes (violão) e Yasmin Mendes (voz) - cumprem a missão religiosa de fazer a pregação da artista evangélica. Mas nem o amor de Deus salva o CD...

Rafael disse...

Tem que ter um saco enorme para aguentar essa mulher gritando feito uma louca... Joga fora no lixo!!!

Roberto de Brito disse...

Mauro, a frase final foi hilária

Unknown disse...

Não seria Resenha ao invés de "redação"?

Mauro Ferreira disse...

Claro, Samara. Grato pelo toque. Abs, MauroF

ADEMAR AMANCIO disse...

Uma revolução musical está a caminho... Joelma pede passagem.

Unknown disse...

Passagem negada pra Ela!