♪ José de Ribamar Viana (8 de novembro de 1947, Bacabal - MA / 26 de maio de 2016, São Paulo - SP), o Papete, foi cantor, compositor e percussionista que ecoou os sons do Maranhão ao longo da carreira iniciada na década de 1960, quando ainda era adolescente, numa rádio de São Luís (MA). Embora tenha se radicado na cidade de São Paulo (SP) no fim dos anos 1960, Papete permaneceu em cena como um ativista propagador da música e da cultura do Maranhão em discos, shows, livros e oficinas. Até sair de cena na madrugada de hoje, aos 68 anos, vítima de câncer de próstata. O início da trajetória profissional do artista foi como cantor, ainda em São Luís (MA), mas, na sequência, Papete logo virou compositor. Em 1967, aos 20 anos de vida, compôs a primeira música, O bonde, que somente seria gravada 13 anos depois, pelo próprio artista, no álbum Água de coco (Discos Marcus Pereira, 1980). Mas foi como percussionista que o som de Papete extrapolou as fronteiras do Brasil, tendo sido ouvido em escala planetária. Na década de 1980, o artista chegou a ser apontado como um dos melhores percussionistas do mundo, tendo participado como músico de aclamado álbum da cantora italiana Ornella Vanoni (Uomini, CGD, 1983). Dentro do universo percussivo, Papete se especializou no toque do berimbau. Mas tocava outros instrumentos de percussão e era também baterista. Mago do berimbau e dos tambores, Papete tocou em discos de grandes nomes da música brasileira como Chico Buarque, Francis Hime e Ney Matogrosso, entre outros. Com Toquinho, a quem Papete conheceu em 1970 quando tocava na casa paulistana Jogral, o percussionista viajou o mundo em turnês. Contudo, embora tenha sido sempre requisitado desde os anos 1970 para tocar em discos e shows alheios, Papete construiu a própria obra autoral e uma discografia solo que nunca perdeu de vista a origem maranhense do artista. Iniciada há 41 anos com a gravação e edição do álbum Berimbau e percussão (Discos Marcus Pereira, 1975), essa discografia inclui títulos importantes como Bandeira de aço (Discos Marcus Pereira, 1978) e o já mencionado Água de coco. Editada por gravadoras nacionais e selos independentes, a obra fonográfica de Papete abrange títulos pela extinta gravadora Continental - Planador e Rompendo Fogo, de 1981 e 1990, respectivamente - e chega aos anos 2000, década em que o artista lançou o álbum Jambo (CPC-UMES, 2003), e à presente década de 2010. O último álbum, Sr. José, de Ribamar e outras praias..., saiu em 2013. Papete saiu ainda menino da cidade natal de Bacabal, no interior do Maranhão, mas os sons de Bacabal nunca saíram da alma do artista. É por isso que todo o Maranhão chora hoje a saída de cena de um artista que lutou muito para destacar o som e os ritmos do estado natal no vasto mapa da rica música produzida no Brasil.
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♪ José de Ribamar Viana (8 de novembro de 1947, Bacabal - MA / 26 de maio de 2016, São Paulo - SP), o Papete, foi cantor, compositor e percussionista que ecoou os sons do Maranhão ao longo da carreira iniciada na década de 1960, quando ainda era adolescente, numa rádio de São Luís (MA). Embora tenha se radicado na cidade de São Paulo (SP) no fim dos anos 1960, Papete permaneceu em cena como um ativista propagador da música e da cultura do Maranhão em discos, shows, livros e oficinas. Até sair de cena na madrugada de hoje, aos 68 anos, vítima de câncer de próstata. O início da trajetória profissional do artista foi como cantor, ainda em São Luís (MA), mas, na sequência, Papete logo virou compositor. Em 1967, aos 20 anos de vida, compôs a primeira música, O bonde, que somente seria gravada 13 anos depois, pelo próprio artista, no álbum Água de coco (Discos Marcus Pereira, 1980). Mas foi como percussionista que o som de Papete extrapolou as fronteiras do Brasil, tendo sido ouvido em escala planetária. Na década de 1980, o artista chegou a ser apontado como um dos melhores percussionistas do mundo, tendo participado como músico de aclamado álbum da cantora italiana Ornella Vanoni (Uomini, CGD, 1983). Dentro do universo percussivo, Papete se especializou no toque do berimbau. Mas tocava outros instrumentos de percussão e era também baterista. Mago do berimbau e dos tambores, Papete tocou em discos de grandes nomes da música brasileira como Chico Buarque, Francis Hime e Ney Matogrosso, entre outros. Com Toquinho, a quem Papete conheceu em 1970 quando tocava na casa paulistana Jogral, o percussionista viajou o mundo em turnês. Contudo, embora tenha sido sempre requisitado desde os anos 1970 para tocar em discos e shows alheios, Papete construiu a própria obra autoral e uma discografia solo que nunca perdeu de vista a origem maranhense do artista. Iniciada há 41 anos com a gravação e edição do álbum Berimbau e percussão (Discos Marcus Pereira, 1975), essa discografia inclui títulos importantes como Bandeira de aço (Discos Marcus Pereira, 1975) e o já mencionado Água de coco. Editada por gravadoras nacionais e selos independentes, a obra fonográfica de Papete abrange títulos pela extinta gravadora Continental - Planador e Rompendo Fogo, de 1981 e 1990, respectivamente - e chega aos anos 2000, década em que o artista lançou o álbum Jambo (CPC-UMES, 2003), e à presente década de 2010. O último álbum, Sr. José, de Ribamar e outras praias..., saiu em 2013. Papete saiu ainda menino da cidade natal de Bacabal, no interior do Maranhão, mas os sons de Bacabal nunca saíram da alma do artista. É por isso que todo o Maranhão chora hoje a saída de cena de um artista que lutou muito para destacar o som e os ritmos do estado natal no vasto mapa da rica música produzida no Brasil.
No Maranhão deve ter alguma lei que obriga todo josé ser Ribamar.Pra quem não sabe,José Sarney e Ferreira Gullar,além de ser do Maranhão e ser José, tem Ribamar no sobrenome.
Viva nosso eterno Papete...
Salve salve o Sr. dos Tambores!
P.S. Acho que Bandeira de Aço é de 1978, não 75.
Abraço Mauro.
Sim, Marcus, 'Bandeira de aço' é de 1978. Repeti por distração o ano do primeiro álbum de Papete. Grato pelo toque do erro, já corrigido. Abs, MauroF
Grande perca musical! Boa passagem Papete!
Ouvir Papete foi para mim uma das inspirações como Percussionista e músico que sou hoje profissionalmente, O seu respeito pela Cultura tradicional e sonoridade trouxe um toque a mais para uma geração.
( Nilton Blau -- Percussionista e compositor do Vale do Paraiba SP- Grupo Cabelo de Milho )
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