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segunda-feira, 13 de junho de 2016
João Camarero se consolida como virtuose do violão brasileiro em disco solo
5 comentários:
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♪ Gravado e mixado em março de 2014 no estúdio Tenda da Raposa, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), o álbum João Camarero levou dois anos para chegar ao mercado fonográfico, neste segundo trimestre de 2016, em edição da Acari Records. Mas a espera valeu a pena. O álbum consolida o nome de João Camarero - músico e compositor nascido em 1990 em Ribeirão Preto (SP), criado em Avaré (SP) e radicado desde 2011 na cidade do Rio de Janeiro (RJ) - como um jovem ás do violão brasileiro, renovando e ao mesmo tempo reiterando tradição que remete ao início do século XX. Mestre do samba e do choro, Paulinho da Viola já chegou a associar o violão de Camarero - visto em foto de Gabi Lopes tratada com a arte do projeto gráfico criado para o disco por Marcela Bartaz - às sete cordas de ninguém menos do que Raphael Rabello (1962 - 1995). Estudante do Conservatório de Tatuí (SP) entre 2008 e 2009 e da Escola Portátil de Música (RJ) entre 2011 e 2012, Camarero inscreve o nome entre os grandes do violão brasileiro com este disco em que toca temas de compositores majoritariamente nordestinos como João Pernambuco (1883 - 1947) - o pouco desbravado Caminhos do sertão e Mimoso (1926) - e o alagoano João Lyra (De João para Pernambuco e Descaso) entre inédita composição de lavra própria, Impressões sobre uma despedida. Com doses exatas de técnica a alma, o toque do violão de Camarero também lapida Choro (João dos Santos) e valsas contemporâneas como Colibri (Armando Neves) e Passeando, esta gravada com o toque límpido do piano de Cristovão Bastos, compositor do tema. Música de Julião Pinheiro, Fazendo a cama expõe no disco a intenção de Camarero de dialogar com músicos e compositores da própria geração sem deixar de reverenciar os pregressos mestres do violão. João Camarero - o álbum produzido pelo próprio Camarero com Junior Pita - é um dos grandes acontecimentos deste ano de 2016 no segmento da música instrumental brasileira tocada com sensibilidade e virtuosismo, sem a tal (benéfica) influência do jazz. Lindo álbum!
ResponderExcluirBenéfica influência do jazz? Há controvérsias! Essa tal influência predomina entre nossos violonistas e enjoa!
ResponderExcluirele lembra mesmo o Rafael fisicamente falando, o violão eu não posso falar por que não ouvi
ResponderExcluirJoão é um grande músico, uma grande pessoa, desses que a gente percebe que vai chegar muito longe, porque além de ter escolhido a música, foi escolhido por ela. E tem simplicidade e dedicação, sem marra.
ResponderExcluirParabens!!!
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