Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


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domingo, 3 de maio de 2015

Matanza evolui ao tocar terror em 'Pior cenário possível' com duas guitarras

Resenha de CD
Título: Pior cenário possível
Artista: Matanza
Gravadora: Deck
Cotação: * * * *

Três anos após acertar as contas com seu passado em Thunder Dope (Deck, 2012), CD no qual regravou músicas que lançara em demos na segunda metade dos anos 1990, o grupo carioca volta tocando o terror em seu sétimo álbum de estúdio, Pior cenário possível, produzido por Rafael Ramos. A safra de dez músicas inéditas de autoria solitária do guitarrista Marco Donida inclui títulos explicitamente terroristas como Matadouro 18 e A casa em frente ao cemitério. Com menor dose de letras etílicas, embora a bebida seja o paliativo apontado no hardcore Sob a mira para levar a vida nesse cenário tenebroso, o repertório mostra que o Matanza evolui nas letras. Algumas são breves tratados sobre o pessimismo, como já sinalizam os títulos dos rocks Chance pro azar e O pessimista. O disco também evidencia progressos na massa sonora do Matanza, mais compacta e coesa. Talvez porque Pior cenário possível seja o primeiro álbum gravado pelo grupo carioca com dois guitarristas. O disco apresenta Maurício Nogueira como integrante oficial da banda (em contrapartida, o Matanza perdeu o baixista Jefferson Cardim, o China, que debandou após as gravações do CD). Com alguns refrãos e riffs certeiros, o Matanza soa cada vez mais roqueiro e menos country, embora faixas como O que está feito, está feito tragam ingredientes da mistura rotulada como countrycore. O fato é que os versos de rocks irados e urgentes como Orgulho e cinismo reiteram o crescimento do universo temático do Matanza - evolução confirmada pela narrativa cinematográfica da letra  de Conversa de assassino serial, grande fecho do álbum. Enfim, o cenário pode ser o pior possível, mas nele a banda apresenta um de seus melhores discos. 

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Eis a capa de 'Pior cenário possível', o sétimo álbum do quarteto Matanza

Esta é a capa de Pior cenário possível, sétimo álbum do grupo carioca Matanza. A arte da capa é assinada por Donida, compositor e guitarrista do quarteto de hardcore. O disco tem lançamento programado pela Deck para 14 de abril de 2015. O repertório inédito e autoral alinha dez músicas. Além das já divulgadas A sua assinatura e O que está feito, está feito, Pior cenário possível inclui Matadouro 18, A casa em frente ao cemitério, Sob a mira, O pessimista, Chance pro azar, Orgulho e cinismo, Conversa de assassino serial e a música-título Pior cenário possível. Rafael Ramos é o produtor do álbum que sucede Thunder dope (Deck, 2012)  na dark discografia oficial do Matanza.

terça-feira, 10 de março de 2015

Matanza reforça 'Sua assinatura' no sétimo álbum, 'Pior cenário possível'

Três anos após editar CD em que regravou músicas apresentadas em demos dos anos 1990, Thunder dope (Deck, 2012), o grupo carioca de hardcore Matanza se prepara para lançar seu sétimo álbum, via Deck, ainda neste primeiro semestre de 2015. Intitulado Pior cenário possível, o disco foi gravado no estúdio Tambor, no Rio de Janeiro (RJ), com produção de Rafael Ramos. A primeira música divulgada do CD, a inédita A sua assinatura, já tem clipe em rotação no YouTube.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Primeiro CD do Matanza, 'Santa Madre Cassino' ganha reedição em vinil

Primeiro álbum do grupo carioca Matanza, Santa Madre Cassino - lançado em 2001 pela gravadora Deck - vai ganha reedição em vinil de 180 gramas. Fabricado pela Polysom, o vinil vai ser lançado em agosto de 2013 com capa adaptada para o formato de LP pelo guitarrista e compositor Donida, autor das ilustrações e do projeto gráfico de todos os discos da banda. Santa Madre Cassino vai ser lançado em vinil com todas as 14 músicas compostas por Donida e gravadas pelo Matanza no CD original de 2001 - para alguns, um clássico do hardcore nativo.

sábado, 1 de dezembro de 2012

CD 'Thunder Dope' é bom acerto de contas do Matanza com sua pré-história

Resenha de CD
Título: Thunder Dope
Artista: Matanza
Gravadora: Deck
Cotação: * * *

Thunder Dope é azeitado acerto de contas do Matanza com sua pré-história fonográfica, feito com a velocidade e a crueza que caracterizam o countrycore da banda formada no Rio de Janeiro (RJ) em 1996. Em urgentes 26 minutos, o disco apresenta novos registros de 13 velhas músicas do grupo. Músicas veiculadas pelo Matanza em fase embrionária através de  demos - como Terror em Dashville (1998) e De Volta a Tombstone (1999) - e da coletânea Barulho Tapes, editada em 1999 pelo selo curitibano Barulho Records com mix de grupos de rock pesado. Dessa compilação, por exemplo, o grupo rebobina Matanza em Idaho (Donida). Por mais que não tenha a unidade conceitual de um álbum, Thunder Dope - CD produzido por Rafael Ramos, piloto de vários discos do Matanza - está em sintonia com a obra fonográfica oficial do grupo. Há pepitas como Goredoom Jamboree (Donida) - primeira música oficial do Matanza - e como My Old Friend Liver (Donida), tema composto para dar algum peso a um controvertido show acústico da banda. Countrycore Funeral (Jimmy e Donida) e Dashville Chainsaw Massacre (Diba e Donida) são hardcores cantados com alma e virulência punk. Sobra do segundo álbum do grupo (Música Para Beber e Brigar, Deck, 2003), Mulher Diabo (Donida) cruza rock e cerveja, combustíveis do som sujo do Matanza. A ressaca, aliás, é o tema de Sunday Morning After (Donida), música criada antes mesmo da existência da banda, mas que se ajusta ao universo musical do Matanza. Fechando Thunder Dope, há Pane nos Quatro Motores (Donida), música-piada já utilizada pelo grupo na abertura de seus shows. Por ser projeto apegado ao passado do Matanza, o disco poderia ser um porre, mas desce até bem.

sábado, 11 de agosto de 2012

Matanza registra em disco músicas da pré-história fonográfica do grupo

Em atividade desde 1996, o grupo carioca Matanza teve editado seu primeiro álbum, Santa Madre Cassino, somente em 2001. Mas lançou em shows e no artesanal EP Terror em Dashville (1998) músicas que acabaram perdidas na discografia oficial da banda. São essas músicas que o grupo - especializado na mistura de rock pesado com country - está registrando no CD que começou a gravar nesta primeira quinzena de agosto de 2012. São temas de sua pré-história fonográfica como Alabama Death Tenebris. O disco vai ser lançado em novembro.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Fiel a si e à cerveja, Matanza destila sua raiva em 'Odiosa Natureza Humana'

Resenha de CD
Título: Odiosa Natureza Humana
Artista: Matanza
Gravadora: Deck
Cotação: * * * 

Fiel à cerveja e ao seu som sujo, pesado e veloz, o Matanza destila raiva em Odiosa Natureza Humana, quinto álbum deste quarteto carioca que se projetou nos anos 2000 com seu countrycore. Lançado neste mês de março de 2011, o sucessor de A Arte do Insulto (2006) é bem mais hardcore do que country. Ao longo de 13 rápidas faixas, que totalizam apenas 38 minutos e 13 segundos, o disco se mostra embebido do universo etílico do grupo. A bebida é o combustível de letras como as de Escárnio e Em Respeito ao Vício (destaque do repertório inédito inteiramente assinado pelo guitarrista Donida). Como se estivesse no auge da era punk, o vocalista Jimmy London vomita ódio e desprezo pelo mundo ao cantar temas como Remédios Demais (outro destaque da safra de Odiosa Natureza Humana) e Saco Cheio e Mau Humor em alta velocidade. A única faixa relativamente menos acelerada é A Menor Paciência. Gravado de forma analógica no estúdio Tambor, da gravadora Deck, o álbum vai ganhar em abril apropriada edição em vinil, cujo corte de acetato foi feito no Oasis Mastering, em Los Angeles (EUA), pelo engenheiro de som David Cheppa. Em CD ou em vinil, a ser fabricado pela PolySom, Odiosa Natureza Humana é álbum fiel aos cânones do Matanza. Tal fidelidade - perceptível já nos títulos de músicas como O Bebum Acabado, Tudo Errado e Carvão, Enxofre & Salitre - faz com que o disco soe por vezes linear. Mas é o preço que paga quem prefere ser fiel a si mesmo. E, em suma, quem não se deixa embriagar por esse universo politicamente incorreto, povoado por mulheres e bebidas, já vai mesmo odiar o disco antes até de ouvi-lo...

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Matanza agenda para março seu quinto álbum, 'Odiosa Natureza Humana'

Fiel ao seu som countrycore, gênero que mistura country e hardcore, a banda carioca Matanza vai apresentar em março de 2011 seu quinto álbum de estúdio, Odiosa Natureza Humana, o primeiro de inéditas em cinco anos. O sucessor de A Arte do Insulto (2006) foi gravado com fita de rolo em apenas três dias no estúdio Tambor, da gravadora Deck, no Rio de Janeiro (RJ). Rafael Ramos é o produtor. Duas músicas inéditas do álbum, Remédios Demais e Carvão, Enxofre e Salitre, já podem ser ouvidas esta semana na página da banda no portal MySpace.